quarta-feira, 27 de julho de 2011

COMÉRCIO EXTERIOR DA BAHIA - FRAÇÃO DE VERDADE

RECENTEMENTE FOI NOTICIADO NA IMPRENSA LOCAL, EM MANCHETES DE PRIMEIRA PÁGINA, QUE AS EXPORTAÇÕES BAIANAS BATERAM RECORDES HISTÓRICOS EM JUNHO DE 2011, COM A MARCA DE US$ 1,050 SUPERANDO O MESMO MÊS DE 2010 EM 45,9%. ENTRETANTO ESTE DADO ESTATÍSTICO ISOLADAMENTE NÃO É SUFICIENTE PARA UMA ANÁLISE MAIS PROFUNDA DO COMPORTAMENTO DA BALANÇA COMERCIAL E A ECONOMIA DA BAHIA.

MAIS SIGNIFICATIVO DO QUE A MANCHETE SENSACIONALISTA, SERIA VERIFICAR QUAL FOI O RESULTADO DA BALANÇA DE COMÉRCIO DO ESTADO, PERANTE AS DEMAIS UNIDADES DA FEDERAÇÃO. NÃO SE FAZ PRUDENTE TER COMO PARÂMETRO A PRÓPRIA BAHIA, ISSO PODE INDUZIR A UMA ILUSÃO, SE FOR INTENCIONAL A FUNÇÃO SERIA DE UMA CORTINA DE FUMAÇA PARA ENCOBRIR A INEFICIÊNCIA.

VAMOS TENTAR, SEM MAIORES PRETENSÕES, DEMONSTRAR QUE O FATO ISOLADO POUCO SIGNIFICA SE NÃO FOR AVALIADO NO ÂMBITO DO CONTEXTO DA CONJUNTURA.

A TABELA ABAIXO, COM SÉRIE HISTÓRICA DE 1980 ATÉ JUNHO DE 2011, INDICA QUE A BAHIA OBTEVE EM 1983 UMA PARTICIPAÇÃO DE 7% NO TOTAL DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS, PERÍODO ONDE A PRODUÇÃO DE CACAU E SEUS PREÇOS RELATIVOS ESTAVAM EM ALTA, VEJA QUE NOS DEMAIS PERÍODOS DA DÉCADA DE OITENTA OBSERVA-SE UMA TENDÊNCIA DECLINANTE DESTA PARTICIPAÇÃO, ACOMPANHANDO A CRISE DA LAVOURA CACAUEIRA.

A PARTIR DE 2001, HOUVE NOVA REAÇÃO DAS VENDAS EXTERNAS DO ESTADO, COM AUGE EM 2005 – 5,05%, DEPOIS SÓ DECLÍNIO, COM 4,15% NO INTERVALO DE JAN/JUN DE 2011, ONDE A BAHIA BATEU RECORDE NO MÊS DE JUNHO, MAS DIMINUI SUA PARTICIPAÇÃO NO BOLO.


Participação da Bahia no comércio exterior brasileiro
1980/2011
( em % )
Anos
Exportações
Importações
Saldo
Corr. de comércio
1980
5,53
3,59
( - )
4,50
1981
5,54
2,58
59,95
4,10
1982
5,53
3,14
59,74
4,26
1983
7,00
2,86
16,89
5,29
1984
6,43
2,36
10,77
5,05
1985
6,38
3,10
9,84
5,27
1986
5,07
3,23
8,18
4,36
1987
4,85
3,22
7,04
4,25
1988
4,37
4,63
4,16
4,45
1989
4,43
3,55
5,43
4,12
1990
4,62
3,71
6,39
4,26
1991
4,04
3,00
6,10
3,62
1992
4,17
2,60
6,26
3,59
1993
4,76
2,41
6,36
3,22
1994
3,95
2,27
9,32
3,58
1995
4,13
3,65
( - )
3,25
1996
3,87
2,74
( - )
3,27
1997
3,52
2,67
( - )
3,07
1998
3,58
2,60
( - )
3,06
1999
3,29
2,98
( - )
3,14
2000
3,53
4,01
( - )
3,77
2001
3,64
4,09
( - )
3,86
2002
3,99
3,98
4,06
3,98
2003
4,46
4,03
5,30
4,29
2004
4,21
4,81
3,09
4,45
2005
5,05
4,55
5,87
4,86
2006
4,92
4,90
4,95
4,91
2007
4,61
4,50
4,94
4,56
2008
4,39
3,76
8,86
4,10
2009
4,58
3,61
9,46
4,14
2010
4,40
3,65
11,16
4,04
2011*
4,15
3,48
9,54
3,83
Fonte: MDIC/SECEX, dados coletados em 07/07/2011
Elaboração: SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia
Obs: importações efetivas, dados preliminares
(-) Saldo negativos
(*) Dados referentes ao mês de Jan./Jun.


OUTRA SUTILEZA EM RELAÇÃO AO RECORDE DE JUNHO DE 2011 PERCEBE-SE NA TABELA A SEGUIR, AS EXPORTAÇÕES POR ESTADO. NUM UNIVERSO DE 13, O ÍNDICE DE CRESCIMENTO DA BAHIA – 18,39% – SÓ FOI SUPERIOR AO DE MATO GROSSO, SÃO PAULO E A MÉDIA DOS DEMAIS ESTADOS, SENDO QUE A MÉDIA DO BRASIL FOI DE 32,65%.

É RELEVANTE INFORMAR QUE HÁ UNS SETE ANOS ATRÁS ESTAVAMOS Á FRENTE DO PARÁ, ESPÍRITO SANTOS E MATO GROSSO, E NOS APROXIMANDO DO PARANÁ E RIO GRANDE DO SUL, PERDEMOS 3 POSIÇÕES. SERÁ QUE ESSE FATO NÃO REFORÇA A PERDA DE COMPETITIVIDADE POLÍTICA E ECONÔMICA DA BAHIA?

EM TEMPOS NÃO MUITO DISTANTES A BAHIA LUTAVA E SE PREPARAVA PARA SER A TERCEIRA ECONOMIA DA FEDERAÇÃO ATRÁS DE SÃO PAULO, MINAS E RIO DE JANEIRO, HOJE FICO TRISTE COM O QUE VEJO.


Anexo VI - Exportações brasileiras
Principais estados
Jan./Jun. - 2010/2011
( Valores em US$ 1000 FOB )
Estados
2010
2011
Var.%
Part. %
São Paulo
23.267.339
27.089.608
16,43
22,90
Minas Gerais
12.333.172
18.684.153
51,50
15,79
Rio de Janeiro
9.365.305
14.531.835
55,17
12,28
Rio Grande do Sul
7.140.545
9.261.124
29,70
7,83
Paraná
6.474.597
8.228.931
27,10
6,96
Para
4.225.541
7.807.541
84,77
6,60
Espírito Santo
4.813.667
7.222.480
50,04
6,11
Mato Grosso
4.545.287
5.103.349
12,28
4,31
Bahia
4.143.676
4.905.782
18,39
4,15
Santa Catarina
3.549.324
4.320.640
21,73
3,65
Goiás
2.015.663
2.812.924
39,55
2,38
Mato Grosso do Sul
1.276.481
1.812.395
41,98
1,53
Demais estados
6.036.830
6.522.751
8,05
5,51
Total
89.187.427
118.303.513
32,65
100,00
Fonte: MDIC/SECEX, dados coletados em 07/07/2011
Elaboração: SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia

QUANDO COMPARADO AOS ESTADOS DO NORDESTE A NOSSA PARTICIPAÇÃO RELATIVA CONTINUA SIGNIFICATIVA – 57,99 -, EM RELAÇÃO AO MESMO PERÍODO DE 2010, SÓ PERDEMOS PARA ALAGOAS – 46,20% – E SERGIPE – 54,88% -, MAS SÃO ESTADOS COM PARTICIPAÇÃO DIMINUTA EM RELAÇÃO À BAHIA. AGORA VERIFIQUE O CRESCIMENTO DE PERNAMBUCO, NEGATIVO EM 9,89, MAS RECEBE DA UNIÃO UM MONTANTE DE VERBAS PARA INVESTIMENTOS EM PORTOS BEM SUPERIOR A BAHIA, PARADOXO OU FRAQUEZA POLÍTICA.


Anexo VII - Exportações nordestinas por estado
Jan./Jun. - 2010/2011
(Valores em US$ 1000 FOB)
Estados
2010
2011
Var.%
Part.%
Bahia
4.143.676
4.905.782
18,39
57,99
Maranhão
1.584.073
1.390.949
-12,19
16,44
Alagoas
547.429
800.351
46,20
9,46
Ceara
595.335
610.372
2,53
7,22
Pernambuco
517.960
466.737
-9,89
5,52
Rio Grande do Norte
137.672
105.734
-23,20
1,25
Paraíba
95.230
87.263
-8,37
1,03
Piauí
57.743
49.498
-14,28
0,59
Sergipe
27.633
42.798
54,88
0,51
Total
7.706.751
8.459.484
9,77
100,00
Fonte: MDIC/SECEX, dados coletados em 07/07/2011
Elaboração: SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia




OUTRO FATOR NEGATIVO, TRADUZ QUE O CRESCIMENTO DAS EXPORTAÇÕES BAIANAS SE ESTRUTURAM NA VALORIZAÇÃO DOS SEUS PRINCIPAIS ITENS E NÃO PELO AUMENTO DAS QUANTIDADES FÍSICAS. O QUE PODE SINALIZAR QUE ALGUMAS UNIDADES FABRIS EXPORTADORAS TENHAM FECHADO OU REDUZIDO SUAS ATIVIDADES, OU TAMBÉM QUE TENHAMOS PERDIDO MERCADO POR FALTA DE COMPETITIVIDADE LOGÍSTICA, POIS SE OS PREÇOS ESTÃO MELHORES SIGNIFICA QUE VAMOS EMBARCAR UMA QUANTIDADE SUPERIOR.

EM JAN/JUN DE 2010 NOSSOS EMBARQUES FORAM NA ORDEM 5.314.503 TON ENQUANTO NO MESMO PERÍODO DE 2011 ALCANÇARAM 4.968.055 TON, -6,5%, OS EMBARQUES FÍSICOS SÃO NA VERDADE O QUE GERA RENDA E POSTOS DE TRABALHO PARA A CADEIA LOGÍSTICA E NAS PRÓPRIAS UNIDADES EXPORTADORAS.

EM RELAÇÃO ÀS IMPORTAÇÕES, O CENÁRIO É MAIS PREOCUPANTE PARA NOSSO ESTADO REFLETINDO PERDA DE COMPETITIVIDADE E ESTAGNAÇÃO ECONÔMICA. VEJAM QUE EM TODA SÉRIE DA TABELA ABAIXO A BAHIA TEVE O MENOR CRESCIMENTO COM MÍSEROS 13,43%, ENQUANTO PERNAMBUCO OBTEVE 66,28%.

COM BASE NOS DADOS, DUAS ANÁLISES PODEM SER TRADUZIDAS, QUEM IMPORTA INSUMOS E BENS DE CAPITAL – MAQUINÁRIOS – É PORQUE ESTÁ CRESCENDO, SE DESENVOLVENDO TECNOLOGICAMENTE, SEGUNDO, QUEM TEM CONDIÇÕES PARA REALIZAR ESSE EVENTO É PORQUE POSSUI BONS PORTOS, BOA LOGÍSTICA E PRESTÍGIO NO GOVERNO DA UNIÃO.


Anexo XIV - Importações brasileiras
Principais estados
Jan./Jun. - 2010/2011
( Valores em US$ 1000 FOB )
Estados
2010
2011
Var.%
Part %
São Paulo
31.113.782
39.636.212
27,39
37,63
Rio de Janeiro
6.938.808
8.928.703
28,68
8,48
Paraná
5.834.146
8.595.816
47,34
8,16
Rio Grande do Sul
6.195.349
7.462.167
20,45
7,08
Santa Catarina
5.257.724
6.841.709
30,13
6,50
Amazonas
4.873.990
6.124.110
25,65
5,81
Minas Gerais
4.413.418
5.756.176
30,42
5,46
Espírito Santo
3.334.233
4.866.239
45,95
4,62
Bahia
3.233.942
3.668.399
13,43
3,48
Goiás
1.925.250
2.533.420
31,59
2,41
Maranhão
1.662.256
2.391.512
43,87
2,27
Pernambuco
1.318.460
2.192.385
66,28
2,08
Demais estados
5.199.888
6.339.996
21,93
6,02
Total
81.301.246
105.336.844
29,56
100,00
Fonte: MDIC/SECEX, dados coletados em 07/07/2011
Elaboração: SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia



A PRÓXIMA INFORMAÇÃO, DEMONSTRA AS VENDAS EXTERNAS DA BAHIA POR SEGMENTOS. CELULOSE E PAPEL ESTÃO NA LIDERANÇA, VARIAÇÃO DE 8,99% E PARTICIPAÇÃO DE 18,55% NA PAUTA, LOGO A SEGUIR PRODUTOS QUÍMICOS E PETROQUÍMICOS -6,4% NA VARIAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE 17,10%, É BOM LEMBRAR QUE ESTE SEGMENTO LIDEROU A PAUTA DE EXPORTAÇÃO DURANTE MUITO TEMPO, SEGUIDO DE AUTOMÓVEIS, HOJE EM 6º LUGAR.


Anexo IX - Exportações baianas
Principais segmentos
Jan./Jun. - 2010/2011
Segmentos
Valores (US$ 1000 FOB)
Var.
Part.
2010
2011
%
%
Papel e celulose
834.893
909.971
8,99
18,55
Químicos e petroquímicos
897.783
839.041
-6,54
17,10
Petróleo e derivados
717.175
902.889
25,90
18,40
Metalúrgicos
276.874
459.608
66,00
9,37
Soja e derivados
370.893
483.174
30,27
9,85
Automotivo
232.760
259.643
11,55
5,29
Metais preciosos
118.618
223.458
88,38
4,55
Cacau e derivados
140.642
144.155
2,50
2,94
Borracha e suas obras
107.554
136.404
26,82
2,78
Café e especiarias
56.636
92.164
62,73
1,88
Couros e peles
55.812
66.690
19,49
1,36
Minerais
14.050
57.502
309,25
1,17
Algodão e seus subprodutos
57.868
45.315
-21,69
0,92
Sisal e derivados
32.287
43.707
35,37
0,89
Calçados e suas partes
45.547
40.277
-11,57
0,82
Máqs., apars. e mat. elétricos
38.000
35.973
-5,33
0,73
Frutas e suas preparações
31.251
34.031
8,89
0,69
Fumo e derivados
8.172
13.629
66,77
0,28
Móveis e semelhantes
6.410
7.239
12,93
0,15
Demais segmentos
100.450
110.913
10,42
2,26
Total
4.143.676
4.905.782
18,39
100,00
Fonte: MDIC/SECEX, dados coletados em 07/07/2011
Elaboração: SEI – Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia


A LIÇÃO FILOSÓFICA QUE FICA DESTE TEXTO É QUE AS FRAÇÕES DE VERDADES NÃO SÃO SUFICIENTES PARA DEFINIR O DISCERNIMENTO E SIM, TODA A VERDADE.



JOSEMAR SOUZA SANTOS




terça-feira, 26 de julho de 2011

AIS - AUTOMIC IDENTIFICATION SYSTEM - SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO AUTOMÁTICA - AIS - AUTOMIC IDENTIFICATION SYSTEM - AUTOMATIC IDENTIFICATION SYSTEM

HOJE, PASSANDO PELA AVENIDA CONTORNO, ÁS 8:30, DEPAREI-ME COM UM INTERESSANTE QUADRO, 25 NAVIOS AO LARGO ESPERANDO SEU MOMENTO DE ATRACAR E OPERAR NOS DIVERSOS PORTOS E TERMINAIS DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, É LÚDICO, POIS A IMAGEM DE EMBARCAÇÃO PROPORCIONA VIAGENS NO IMAGINÁRIO DOS MISTÉRIOS DO MAR.
POR OUTRO LADO, ESSE CENÁRIO É UM CLARO INDÍCIO DA NECESSIDADE DE NOVOS INVESTIMENTOS NA ÁREA PORTUÁRIA, ISTO JÁ FOI ASSUNTO DESSE SITE E SERÁ EM OUTROS MOMENTOS, O QUE VOU PASSAR NESSA POSTAGEM, SÃO INFORMAÇÕES DE COMO AQUELES QUE NÃO ESTÃO LIGADOS AO UNIVERSO PORTUÁRIO PODEM SACIAR SUA CURIOSIDADE SOBRE AQUELAS EMBARCAÇÕES ALI FUNDEADAS.
O SISTEMA AIS – AUTOMATIC IDENTIFICATION SYSTEM, ENTRE TODAS AS SUAS FUNCIONALIDADES OFERECE ESTA POSSIBILIDADE DE IDENTIFICAR EMBARCAÇÕES E SUAS CARACTERÍSTICAS, SIMPLESMENTE NO ENDEREÇO - http://www.marinetraffic.com/ais/,

PASSOS:  CLICK NO LINK E ABRIRÁ A TELA ABAIXO – FIGURA 1, A PARTE  VERDE SÃO QUADRANTES RASTREADOS PELO SISTEMA- AIS - É SÓ AMPLIAR O ZOOM NA BARRA DE DIRECIONAMENTO A DIREITA E ACIMA, ESCOLHENDO O PORTO E SUA ÁREA DE INFLUÊNCIA.
                                                     FIGURA 1
                                       http://www.marinetraffic.com/ais/
                                       
NA FIGURA 2 VISUALIZAMOS OS NAVIOS AO LARGO DE SALVADOR, ÁS 13:00, VEJA QUE O NÚMERO DE NAVIOS FUNDEADOS AUMENTOU PARA 28, QUANDO NA PRIMEIRA OBSERVAÇÃO  ÀS 9:30 ERAM 25.


                                                        FIGURA 2
                                    http://www.marinetraffic.com/ais/

NO MENU A DIREITA TEM A LEGENDA QUE INDICA  O TIPO DE EMBARCAÇÃO PELAS CORES, NA FIGURA 2 OS PONTOS VERMELHOS SÃO “TANKERS” – NAVIOS TANQUES- OS PONTOS VERDES INDICAM NAVIOS “CARGOS VESSELS” NAVIOS DE CARGA, INCLUIDO GRANELEIROS, CARGA GERAL E FULL CONTAINERS.

PERCEBE-SE PELOS PONTOS SE AS EMBARCAÇÕES ESTÃO EM MOVIMENTO OU FUNDEADAS, AS IMAGENS PONTEAGUDAS, REPRESENTAM A PROA, ELES ESTÃO EM ANDAMENTO, OS QUADRADOS ESTÃO FUNDEADAS. PLOTANDO O CURSOR SOBRE A FIGURA, SE TEM A INDICAÇÃO DA VELOCIDADE, CLICLANDO TEMOS OUTRAS INFORMAÇÕES INCLUSIVE FOTOS DAS EMBARCAÇÕES.
VEJA QUE, O AIS, POR SER PROPAGADO SOBRE ONDAS DE RÁDIO PODE SUPLANTAR OBSTÁCULOS, SE O  NAVIO SE ENCONTRA ATRÁS DE UM MORRO RECEBEREMOS A INFORMAÇÃO, PELO RADAR SUAS ONDAS APENAS REFLETERIAM  O OBSTÁCULO RETORNANDO E INDICANDO AO CAPITÃO O QUE HÁ À FRENTE. O AIS CONSEGUE ENVIAR INFORMAÇÕES PARA CURTAS DISTÂNCIAS O RADAR PARA DISTÂNCIAS MAIORES SEM O MESMO NÍVEL DE DETALHE DO AIS. MAS OS DOIS SISTEMA SE COMPLETAM, QUANDO ACOPLADOS.  
O SISTEMA CONTEMPLA INÚMEROS RECURSOS PARA OBTENÇÃO DE OUTRAS INFORMAÇÕES OPERACIONAIS, ALGUMAS SÓ ACESSADAS POR MEIO DE ASSINATURA.
UM DETALHE SUTIL, ESTÁ PRESENTE QUE ESTE SITE NÃO CONTEMPLA O PORTO DE SUAPE, E SIM O COMPLEXO PORTUÁRIO DA “BAÍA DE TODOS OS SANTOS” ONDE A MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS É MAIS DE CINCO VEZES MAIOR QUE A DE SUAPE E RECIFE JUNTOS, O SITE PERCEBE COMO A ECONOMIA BAIANA É SUPERIOR A DE PERNAMBUCO, MAS DA FORMA QUE AS CIRCUNSTÂNCIAS AVANÇAM, O FUTURO É UMA INCÓGNITA
                                                                
                                                                                  
 Automatic Identification System - AIS
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 Introdução


Automatic Identification System (AIS) é um sistema de monitoração de curto alcance utilizado em navios e Serviços de Tráfego de Embarcações (VTS). O sistema foi desenvolvido por militares, porém a tecnologia foi transferida para o setor civil sem grandes modificações.

O sistema serve para identificar e localizar embarcações por intermédio da troca eletrônica de dados com outros navios e estações VTS. Informações tais como identificação, posição, curso e velocidade podem ser exibidas em uma tela ou ECDIS. O sistema AIS destina-se a auxiliar os oficiais das embarcações e permitir que as autoridades navais rastreiem e monitorem os deslocamentos das embarcações.

O sistema AIS integra um sistema transceptor VHF padrão tal como LORAN-C ou receptor GPS, juntamente com outros sensores de navegação, eletrónicos ou não, tais como girobussola, Indicador de velocidade ( LOG) e indicador de velocidade de rotação e de direcção.

Componentes e Funcionamento

O sistema consiste em um conjunto integrado de equipamentos que atuam visando um objetivo comum. Ondas de rádio são transmitidas e seus ecos analisados. Assim, navios e outros obstáculos ao redor e no alcance do radar podem ser detectados, embora nem sempre identificados, e informações tais como velocidade e curso podem ser inferidas por exemplo através da comparação de posições sucessivas do objeto monitorado.

Um dos principais componentes desse sistema é um equipamento de comunicações, ou simplesmente "transponder AIS", que possibilita a transmissão e recepção de mensagens de dados digitais padronizadas, através de ondas de rádio VHF. Com AIS, são os próprios participantes do sistema que transmitem periodicamente informações sobre si próprios. Algumas dessas informações são cadastradas manualmente no transponder, outras são obtidas e atualizadas constantemente por intermédio de sensores integrados ao transponder. Isso permite uma identificação muito mais detalhada e precisa que a proporcionada pelo radar.

Em uma aplicação típica, um transponder AIS possui uma tela mostrando a lista de navios recebidos junto com várias informações sobre cada navio (obtidas a partir da decodificação dos dados digitais recebidos pelo VHF), podendo ser configurado para gerar alarmes caso por exemplo as rotas de dois navios entrem em conflito (p.ex.: rota de colisão). Mensagens de texto também podem ser digitadas e enviadas para outros navios. Se o transponder estiver conectado a um computador, as possibilidades são ainda maiores, tais como sistemas completos de rastreamento VTS.

Devido às características de uma comunicação por VHFtransponder e não transmite seus dados fica invisível no sistema. Por isso, a IMO estabeleceu a obrigatoriedade de utilização de um transponder com características e comportamento bem definidos para navios grandes construídos depois de 2002, e gradativamente para navios mais antigos, até 2008. Na prática, muitos navios no mundo já estão usando AIS hoje. Por exemplo, num teste realizado em janeiro/2008 com um transponder recebendo dados e instalado nas imediações da Baía de Guanabara (Rio de Janeiro - RJ), foram registrados até 50 navios transmitindo na maior parte do dia.

Por utilizar VHF, as comunicações AIS ficam restritas a uma área local, com um alcance geralmente um pouco maior que o visual do transmissor. De um modo geral, o alcance no mar, sem uso de repetidor, fica restrito a aproximadamente 100 milhas náuticas (dependendo da qualidade dos equipamentos e da instalação adequada dos mesmos - altura da antena e obstáculos a propagação). Desta forma, as comunicações AIS nas imediações da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, não alcançam o porto de Santos e vice-versa, mas eventualmente, as de um navio em Angra dos Reis alcançam a Baía de Guanabara. É possível que no futuro, o AIS seja também usado em longa distância, via INMARSAT por exemplo, mas hoje tal uso ainda não se difundiu.

Desta forma, o AIS e o radar podem ser vistos como complementares a bordo de um navio. Se um navio estiver atrás de um grande morro, ele pode ser visto pelo AIS, mas não pelo radar. Por outro lado, se um navio está com o AIS desligado ou não tem AIS, ele talvez ainda possa ser visto pelo radar. O radar também permite que o contorno de acidentes geográficos sejam visualizados sem que eles estejam transmitindo nada mais que o eco do sinal original do radar.

Entretanto, o AIS não é simplesmente um complemento do radar. Já estão previstos 22 tipos de mensagem que podem ser transmitidas periodicamente ou sob demanda. Cada mensagem AIS pode conter dados específicos, de acordo com o tipo de mensagem, ou ainda dados formatados de acordo com uma aplicação particular a ser concebida.

Atualmente, os tipos de mensagem mais comumente transmitidos são dois: relato de posição e dados do navio e da viagem.

Os relatos de posição contêm, entre outros dados: posição, velocidade, rumo e proa. A IMO estabelece que a periodicidade de envio deve ser ajustada automaticamente de acordo com a velocidade do navio. Por exemplo, se o navio estiver a mais de 14 nós, eles devem ser enviados a cada 2 segundos. Se estiver ancorado, deve enviar a cada 3 minutos.

Já a mensagem que transmite os dados do navio e da viagem, deve ser enviada a cada 6 minutos. Essa mensagem contém, entre outros dados: nome do navio, tipo do navio, comprimento, boca, calado e destino.

Embora ainda não sejam muito usados, existem tipos de mensagens capazes de transmitir dados formatados de acordo com uma aplicação. Desta forma, no futuro, poderemos ter serviços prestados por estações fixas ao longo da costa ou vias navegáveis, como por exemplo, serviços de previsão meteorológica, aviso aos navegantes, dados sobre infra-estruturas em terra, dicas de aproximação, informações turísticas, gerência de frota, entre muitos outros, tudo sendo veiculado via a infra-estrutura AIS.


A tela de texto de um AIS listando veículos em uma determinada área

                      ttp://pt.wikipedia.org/wiki/Automatic_Identification_System


Um transceptor é um dispositivo que combina um transmissor e um receptor utilizando componentes de circuito comuns para ambas funções num só aparelho. Se esses componentes não forem comuns, esse aparelho designa-se transmissor-receptor. A palavra transceptor é uma palavra-valise que resulta da fusão das palavras transmissor e receptor, tendo o termo surgido por volta da Segunda Guerra Mundial. São dispositivos similares os transpondedores, os transverters e os repetidores.

Exemplo de um transceptor de redes de dados.

                                         tp://www.marinetraffic.com/ais/

JOSEMAR
ECONOMISTA - CORECON 2065


segunda-feira, 25 de julho de 2011

MARIA FELIPA - HEROÍNA DA BAHIA - MARIA FELIPA - HEROINE OF BAHIA

REPRODUZO FIELMENTE E RESSALTO, O RICO ESCRITO DA JORNALISTA ANDREIA SANTANA, PELA RIQUEZA DE DETALHES EMPREGADOS NA PESQUISA; ENALTECENDO MAIS UM HERÓI OU NO CASO MAIS UMA HEROÍNA, ESQUECIDOS PELOS PRECONCEITOS COVARDES DAQUELES QUE INVEJAM A CORAGEM E A IDENTIDADE DO VERDADEIRO CIDADÃO. MUITO INTERESSANTE SEU BLOG - CONVERSA DE MENINA -, ANDRÉIA.

JOSEMAR

ECONOMISTA - CORECON 2065

"Maria Felipa: Guerreira de Itaparica
Promessa é dívida e conforme prometi no post de ontem, sobre a Guerra da Independência no Dois de Julho, hoje pago a conta e revelo para vocês quem foi Maria Felipa de Oliveira, a guerreira negra que combateu os portugueses na Ilha de Itaparica.

Retrato de Maria Felipa. Desenho da artista plástica Filomena Orge, com base em relatos históricos, pesquisa e fotos de descendentes vivos de Maria Felipa. A imagem foi feira em 2005 e não retrata com 100% de certeza o rosto de Felipa, mas faz uma projeção de como ela seria.
Retrato de Maria Felipa. Desenho da artista plástica Filomena Orge, com base em relatos históricos, pesquisa e fotos de descendentes vivos da heroína negra. A imagem foi feita em 2005 e não retrata com 100% de certeza o rosto de Felipa, mas faz uma projeção de como ela seria.


Em janeiro de 2005, minha pauta era descobrir quem era a mulher que seria homenageada pelo Blocão da Liberdade, agremiação afro de Salvador, no Carnaval daquele ano, marcado para o final de fevereiro. A ideia dos meus editores era que a matéria fosse publicada antes da folia de Momo, assim, quem fosse para a rua brincar o Carnaval e assistisse o desfile do Blocão, já ficava sabendo quem era a homenageada – Maria Felipa de Oliveira.

Primeiro passo: entrar em contato com a diretoria do Blocão. Como sempre há um santo chefe de reportagem que favorece os repórteres desesperados, a minha chefe na época descobriu que a coordenadora do mestrado em Turismo da Uneb (Universidade do Estado da Bahia), professora Eny Kleyde Vasconcelos Farias, tinha uma pesquisa que já durava dois anos sobre Maria Felipa de Oliveira. O objetivo era resgatar sua importância histórica e dar a ela o lugar de destaque que merecia por ser uma das heroínas da Independência da Bahia. Como não podia deixar de ser, grudei feito chiclete na professora Eny e em uma das suas orientandas, a super prestativa Priscila Caldas. Entrevistas com as duas pesquisadoras, viagens para Itaparica atrás dos descendentes vivos de Felipa, uma tarde inesquecível com a artística plástica Filomena Orge, que recompôs o rosto da personagem a partir de resquícios de memória, literatura e arqueologia, a ajuda imprescindível dos bibliotecários da ilha, e pronto, eu já me sentia Indiana Jones. O que descobri foi isso aqui:

De mito a heroína, a biografia de Maria Felipa:

João Ubaldo, escritor. Seu avô Ubaldo Osório foi um dos primeiros a descrever Felipa
João Ubaldo, escritor. Seu avô Ubaldo Osório foi um dos primeiros a descrever Felipa

Um dos primeiros autores a falar sobre Maria Felipa de Oliveira foi o pesquisador Ubaldo Osório, avô do escritor João Ubaldo Ribeiro. Em homenagem à guerreira negra que liderou a resistência aos portugueses durante a Guerra da Independência, Ubaldo Osório batizou a filha, mãe de João Ubaldo, também como Maria Felipa. A personagem aparece ainda no romance Sargento Pedro, do escritor baiano Xavier Marques. Na obra de Ubaldo Osório, A ilha de Itaparica, Maria Felipa é descrita como uma crioula estabanada, alta e corpulenta. Descrição semelhante está presente na obra de Xavier Marques. Esse autor também narra uma surra que Maria Felipa teria dado em um vigia português chamado Guimarães das Uvas.

Outro episódio famoso envolvendo a personagem é a queima de 42 embarcações da frota de Madeira de Melo, o general português que queria dominar a ilha para, a partir de Itaparica, controlar a guerra na baía de Todos os Santos. Maria Felipa, liderando 40 mulheres conhecidas como as vedetas (vigias) da praia, entrou no acampamento do exército português, atacou os guardas com galhos de cansansão e ateou fogo às embarcações, promovendo baixas no exército. Seu grupo de mulheres era conhecido como vedetas porque eram elas que vigiavam a aproximação das embarcações portuguesas e das canoas com as tropas tentando desembarcar na ilha. Maria Felipa, que segundo as pesquisadoras Eny Kleyde e Priscila Caldas, devia ter uns 20/ 22 anos na época da guerra, subia nas árvores para fiscalizar o horizonte.

O escritor Xavier Marques descreve Maria Felipa no seu romance Sargento Pedro
O escritor Xavier Marques descreve Maria Felipa no seu romance Sargento Pedro

Na época em que escrevi a reportagem sobre Felipa, seu nome havia deixado de ser clandestino havia pouco tempo. Antes do início da pesquisa, em 2003, moradores da ilha que conheciam sua história passada de geração para geração, tinham medo de sofrer represálias ao citar a heroína que, se por um lado era motivo de orgulho, por outro, por ser negra, mulher e pobre, era descrita como bandoleira pelos representantes da elite. Lembro que uma das bisnetas dela, ainda viva naquela ocasião, dona Zizi, acreditava que seria presa se contasse para estranhos as façanhas de sua antepassada.

De 2005 para cá, o que se sabe sobre Maria Felipa não se alterou tanto. As pesquisadoras que estudaram a vida da personagem tiveram de fazer um trabalho de reconstituição histórica em que não faltaram documentos raros, garimpados em arquivos dentro e fora da ilha, mas não desmereceram a memória popular e é no inconsciente coletivo que repousa boa parte da sua trajetória.

O atestado de óbito de Maria Felipa, datado de 04 de janeiro de 1873, dá uma dimensão de que após a luta da Independência, ela continuou tocando sua vida de marisqueira na ilha, até morrer. Antes do documento ser encontrado por Priscila Caldas, no cartório de Maragogipe, cidade do recôncavo baiano, acreditava-se que Felipa havia morrido na guerra. No entanto, comprovou-se que ela sobreviveu e teve uma filha, também chamada Maria FelipaZizi.
Mas o ano exato e as circunstâncias do seu nascimento continuam um mistério. Ninguém sabe por exemplo, se foi uma negra alforriada, uma escrava ou se nasceu livre. Sendo que a última hipótese é a mais provável, devido ao fato de ter se oferecido como voluntária para espionar as tropas portuguesas e por sua atuação na resistência. Pela descrição física, acredita-se que descendia de africanos do Sudão.
O episódio da santa
Viva o povo brasileiro, romance de João Ubaldo Ribeiro. O autor teria criado a personagem Maria da Fé inspirado em Maria Felipa de Oliveira
Viva o povo brasileiro, romance de João Ubaldo Ribeiro. O autor teria criado a personagem Maria da Fé inspirado em Maria Felipa de Oliveira

Na reconstituição da vida de Maria Felipa de Oliveira, existe ainda um episódio de bravura que envolve a defesa de uma antiga imagem de Nossa Senhora da Piedade. Trazida para a ilha e depositada em um nicho na praia pelo Visconde do Rio Vermelho, Nossa Senhora da Piedade era uma espécie de protetora maior dos pescadores, marisqueiras e de toda a população pobre da ilha. Antes de ir pescar, quando os filhos nasciam, na hora da morte, os ilhéus rogavam à santa um socorro. Existem lendas em Itaparica que dão conta de que Nossa Senhora, em pessoa, até entrou na batalha em defesa dos ilhéus e contra os portugueses. Lendas a parte, a verdade é que quando o visconde morreu, seus descendentes quiseram tirar a imagem do seu nicho na pedra, onde ela já estava por gerações. Adivinhem quem enfrentou os soldados da polícia para impedir que os ilhéus perdessem sua padroeira? Exato, Maria Felipa. Ela e suas seguidoras se postaram diante da imagem e não teve quem tivesse coragem de tirar Nossa Senhora da Piedade do seu lugar. Aliás, a santa ainda está lá, dizem os itaparicanos, no altar da capela construída em honra da padroeira.

Capoieira mata um, zum zum zum
Na memória coletiva da ilha, a figura de Maria Felipa é confundida com a da capoerista Maria Doze Homens, que tem esse apelido por ter derrubado doze marmanjos numa roda. Em comum, as duas personagens tem o fato de serem capoeiristas, jogarem o brinquedo de Angola no antigo Cais Dourado (Mercado do Ouro), a corpulência e a valentia das poucas descrições que sobreviveram ao esquecimento do tempo e o fato de se chamarem Maria. No entanto, ainda não ficou provado que as duas são a mesma pessoa.

Jorge Amado criou a personagem Rosa Palmeirão, de Mar Morto, inspirado em Maria Doze Homens, que por sua vez, pode ter sido na verdade Maria Felipa de Oliveira
Na ficção, acredita-se que os feitos de Maria Felipa de Oliveira inspiraram João Ubaldo Ribeiro a criar Maria Da Fé, personagem de Viva o Povo Brasileiro – romance ambientado em Itaparica; enquanto Jorge Amado, inspirado em Maria Doze Homens, teria criado Rosa Palmeirão, personagem do romance Mar Morto.

O que se sabe de real sobre Felipa é que ela remava sua canoa até o Cais Dourado, para jogar capoeira, e que nas rodas, ficava sabendo das novidades sobre a guerra, levando as informações de volta à resistência em Itaparica. E sobre Maria Doze Homens, especula-se que tenha sido companheira de outro capoeirista famoso, o Besouro Cordão de Ouro (também conhecido como Besouro Mangangá). No entanto, como boa parte dessa história antiga da Bahia foi reconstituída com base na memória dos mais velhos, é difícil estabelecer o limite entre fato e ficção, porque a memória é uma das mais traiçoeiras habilidades humanas.

O que aprendi na época em que descobri a existência de Maria Felipe é que o Brasil já tem versões oficiais demais da sua história e também sobram por aqui heróis elitizados que bastam para encher dezenas de enciclópedias. A reconstrução da memória cultural deste país precisa destacar a participação de pessoas do povo, que lutaram pela sobrevivência daquilo que acreditavam (suas famílias, seus deuses, sua dignidade, o direito à liberdade, por um teto, por comida, por suas tradições). Como diz a escritora Ana Maria Machado, somos o resultado da mistura de três etnias (no mínimo) e não há mais justificativas para que nossas heranças culturais, étnicas e históricas sejam tratadas de forma desigual.

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Fonte: Reportagem Guerreira da Ilha, de autoria da jornalista Andreia Santana (eu mesma), publicada em 20 de fevereiro de 2005, no caderno Correio Repórter, edição de domingo do jornal Correio da Bahia (atual Correio*) – Salvador – BA. "


FONTE: http://conversademenina.wordpress.com/2009/07/03/maria-felipa-guerreira-de-itaparica/

MONOGRAFIA - ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER

UM DOS INTUITOS DESSE SITE É CONTRIBUIR PARA A BAHIA POTENCIALIZAR UMA DAS SUAS ESPECIALIDADES ECONÔMICAS COM MAIOR EFEITO MULTIPLICADOR EM RENDA, EMPREGO E TRIBUTOS, FALO DA ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER, PARTICULARMENTE NA 'BAÍA DE TODOS OS SANTOS', DESSE MODO, INCLUIREMOS TRECHOS DE TRABALHO  ACADÊMICO PRODUZIDO POR NÓS.

RELEGADO AO ESQUECIMENTO, POR QUEM DEVERIA CRIAR AS ESTRATÉGIAS NECESSÁRIAS AO DESENVOLVIMENTO DO SETOR, QUANDO NO MÁXIMO, FORAM REALIZADAS  ALGUMAS AÇÕES A NÍVEL GOVERNAMENTAL QUE NÃO TIVERAM  CONTINUIDADE OU FORAM PENSADAS FORA DE UM CONTEXTO MAIOR QUE ENVOLVE A RICA CULTURA NÁUTICA DA BAHIA.

A MONOGRAFIA FOI CONSTRUÍDA PARA ATENDER REQUISITO DE CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO  ORGANIZADO PELA UFBA, ESCOLA POLITÉCNICA, TÍTULO - ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER, NA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, UM CAMINHO PARA O DESENVOLVIMENTO"-, OFERECENDO NORTE DE COMO ESSA ÁREA, SE EXPLORADA  DE FORMA SUSTENTADA PRODUZIRÁ IMPORTANTES BENEFÍCIOS SÓCIOS ECONÔMICOS PARA POPULAÇÃO BAIANA.

O TÍTULO DAS POSTAGENS, SERÁ SEMPRE A PALAVRA MONOGRAFIA SEGUIDA DO TÓPICO QUE SERÁ TRATADO, EXEMPLO: MONOGRAFIA - INTRODUÇÃO; MONOGRAFIA - MARINAS. ANTES DO TEXTO ORIGINAL FAREMOS UM PREÂMBULO PARA MAIOR ENTENDIMENTO. ALGUM ITEM CITADO NO BOJO DO TEXTO ORIGINAL, PODE NÃO SER ENCONTRADO NO TRANSCRITO PARA O BLOG, EM VIRTUDE DE DETALHES DE FORMATAÇÃO.

JOSEMAR