terça-feira, 23 de agosto de 2011

INCENTIVO FISCAL PARA A IMPLANTAÇÃO DE MARINAS E ESTALEIROS

A atividade náutica de lazer, além de proporcionar deleite aos seus participantes, é uma atividade econômica geradora de renda, emprego e impostos em toda sua cadeia de serviços, conforme procura discernir este trabalho monográfico. Fomentar essa atividade não se traduz apenas em implantar estruturas náuticas induzindo o crescimento do número de embarcações, se faz necessário também que se construa às mesmas, evitando a transferência de renda para outras regiões.

A Bahia é hoje um dos maiores mercados náuticos do país, atrás, em ordem decrescente, de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília – Lago Paranoá. Isso em número de embarcações registradas, mas quando se muda o foco para quantidade de embarcações construídas, a posição relativa do estado fica atrás de várias unidades da Federação, inclusive do Nordeste. Configura-se um cenário onde a Bahia transfere riqueza para as regiões onde se localizam esses estaleiros.

No capítulo cinco relatou-se que o Governo do Estado quando criou o CENAB, com o intuito de desenvolver a náutica de lazer, falhou na meta de consolidar a Bahia como um centro construtor de embarcações de lazer no País. A leitura que se faz, é que não houve um entrosamento entre secretarias de estado no sentido de utilizar mecanismo de política fiscal, não só atraindo a vinda de investimentos para a implantação de estaleiros, como também para fábricas de equipamentos de salvatagem e outros acessórios náuticos.

É perceptível que, em virtude da deficiência histórica de estruturas logísticas do Nordeste Brasileiro associada a um mercado consumidor de reduzida renda per capita em relação às Regiões Sudeste e Sul, a Bahia deve atuar pragmaticamente na busca de investimentos produtivos, tendo em vista o cenário de Guerra Fiscal.

Incentivo via redução de imposto sobre circulação de mercadoria e prestação de serviços( ICMS), incidente na indústria náutica de lazer é um começo para atrair empresas e solidificar as já implantadas. O Governo da Bahia ainda não percebeu a importância econômica de uma política fiscal para esse mercado, pois a alíquota de ICMS incidente sobre embarcações e similares no Estado é de 27% (GOVERNO DA BAHIA, 2009), enquanto isso o Governo do Rio de Janeiro reduziu a alíquota de 25% para 7%, a partir de fevereiro de 2009 (REVISTA NÁUTICA, 2009, pág. 40). Isso traduz o reconhecimento que esse Governo deu a esse segmento como gerador de emprego e renda. 

Conceder isenções de impostos, ceder áreas para implantação de estaleiros e oferecer soluções logísticas e mão-de-obra são ofertas válidas para atrair empreendimentos produtivos, pelo menos até a União sinalizar verdadeiramente intenção de aplicar políticas compensatórias visando promover o desenvolvimento do Nordeste Brasileiro, sanando assim a dívida histórica do País com essa região.


JOSEMAR E MARGARIDA




segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TECON SALVADOR EXPORTA SOJA EM CONTÊINER PARA O JAPÃO



OBSERVEM QUE A ROTA QUE LIGA O PORTO DE "SALVADOR" A "ÁSIA", CAMINHA A TODO VAPOR, VEJA A MATÉRIA A SEGUIR. O NAVIO "CMA CGM ONYX ", INCLUSIVE TEVE SUA ESCALA PREVISTA PARA 15/08/2011 EM "SUAPE" CANCELADA, VIDE TRECHO DO LINE UP TECON SUAPE, POSSIVELMENTE O QUE SERIA MOVIMENTADO POR LÁ NÃO COMPENSAVA A OPERAÇÃO, PODE TER HAVIDO UM TRANSBORDO PARA "SALVADOR", POIS AQUI A QUANTIDADE DE CARGA É SUPERIOR.


31Cancelado14/DOM 22:0015/SEG 00:0015/SEG 17:0012/SEX 18:00CGM2011029CMA CGM ONIXUX028W
                                  http://www.teconsuape.com/tos/teconweb.escala?lang=pt


                                              NAVIO CMA CGM ONIX
         http://www.marinetraffic.com/ais/pt/shipdetails.aspx?mmsi=565692000


                                             NAVIO CMA CGM ONIX
           http://www.marinetraffic.com/ais/pt/shipdetails.aspx?mmsi=565692000


Detalhes do navio

Tipo de Navios: Cargo - Hazard C (Minor)
Ano de contrução: 2008
Comprimento x largura: 260 m X 32 m
Porte Bruto: 52000 t
Velocidade registada (Max/media): 18.5 / 16.2 knots
Bandeira: Singapore [SG] 
Indicativo: 9VBM5
IMO: 9334143, MMSI: 565692000
http://www.marinetraffic.com/ais/pt/shipdetails.aspx?mmsi=565692000

O NÚMERO IMO ACOMPANHA O NAVIO DESDE O SEU LANÇAMENTO ATÉ O DESMANCHE, O MMSI, É UTILIZADO PELO NAVIO PARA TELEFONIA DE RÁDIO VIA SATÉLITE, PODE SER ALTERADO SE POR EXEMPLO, O NAVIO MUDAR  DE BANDEIRA.


ESTE ADENDO FOI PARA ALÉM DE RATIFICAR OS RESULTADOS POSITIVOS DESSA LINHA MARÍTIMA PARA A "BAHIA", DEMONSTRAR QUE SUAPE É UMA INVENÇÃO POLÍTICA, QUE O VERDADEIRO PORTO CONCENTRADOR DE CARGA CONTEINERIZADA DO "NORDESTE" É "SALVADOR", A ECONOMIA BAIANA  É A MAIOR DO NORDESTE, EMBORA NOSSO PIB TENHA CRESCIDO MENOS QUE O DE PERNAMBUCO, MAS PODEMOS MUDAR ISTO, COM UMA ATUAÇÃO POLÍTICA MAIS FORTE.

VEJAM QUE O TECON "SALVADOR" COM O ADITIVO APENAS ACRESCENTOU ÁREAS E CAIS ACOSTÁVEL JÁ EXISTENTES, IMAGINEM QUANDO A "PONTA NORTE" FOR CONSTRUÍDA, ENQUANTO ISSO "SUAPE" JÁ DEMONSTRA DIMINUIÇÃO DO FÔLEGO, PERDEU A "FIAT" E NÃO TEM MAIS ESPAÇO PARA NOVOS EMPREENDIMENTOS, QUANDO SALVADOR ESTIVER COM SEU ESPAÇO SATURADO AINDA TEMOS "ARATU".

OUTROSSIM, NESTE TIPO DE REPORTAGEM  É IMPORTANTE INFORMAR A QUANTIDADE MOVIMENTADA E OS NÚMEROS DE "TEUS" OPERADOS, SUBSIDIANDO ESTUDOS ESTATÍSTICOS.


JOSEMAR


Noticiário cotidiano - Portos e Logística    
Seg, 22 de Agosto de 2011 00:00
O Porto de Salvador, por meio do Tecon Salvador, operado pela Wilson, Sons, realizou nesta quinta-feira, 18 de agosto, o primeiro embarque de soja em contêiner do Nordeste. A commodity produzida pela Agrícola Xingu, subsidiária da Multigrain, que geralmente é movimentada em navios graneleiros, embarcou no porta-contêineres CMA CGM ONYX, o navio faz parte do novo serviço lançado em maio deste ano que liga a Bahia diretamente à Ásia sem escalas, o produto terá como destino final o Japão.

A operação traz vantagens para os produtores e para os compradores, como facilidade na logística de distribuição, acesso a mercados alternativos e embarques semanais. O transporte por contêiner permite ainda que a exportação ocorra independentemente das condições climáticas e mesmo em períodos de entressafra.

O principal ponto positivo da conteinerização é a possibilidade da segregação e rastreabilidade dos grãos não transgênicos, assegurando a entrega de soja 99.5% livre de qualquer contaminação transgênica.

Esta modalidade de exportação é ideal para clientes que tem a necessidade de comprar as commodities em menores quantidades, optando por maior frequência nos embarques reduzindo os investimentos em estoque e limitando o envolvimento de vários intermediários possibilitando a negociação direta com o produtor.


http://www.portosenavios.com.br/site/noticiario/portos-e-logistica/11270-tecon-salvador-exporta-soja-em-conteiner-para-o-japao

domingo, 21 de agosto de 2011

COMENTÁRIOS NO BLOG

SE FAZ MUITO IMPORTANTE, QUE VOCÊS VISITANTES, NO ESPAÇO COMENTÁRIOS OU POR EMAIL, EMITAM CRÍTICAS OU IDEIAS QUE VENHAM ENRIQUECER ESSE ESPAÇO VIRTUAL E ALTERNATIVO. POR FAVOR, INFORME O QUE TE LEVOU ACESSAR O BLOG E QUAL  O ASSUNTO DE MAIOR INTERESSE.


ATÉ A PRÓXIMA


JOSEMAR

ENQUETE - EXTRATERRESTRE

AMIGOS VISITANTES

PRECISO, POR FAVOR, QUE VOTEM NA ENQUETE DO EXTRATERRESTRE, NA EXTREMIDADE INFERIOR, A ESQUERDA, DESTE BLOG, A FIM DE OBTERMOS SUBSÍDIOS PARA UM ARTIGO SOBRE ESSE ENIGMA.


BOA SORTE

JOSEMAR

ECONOMISTA - CORECON 2065

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

MONOGRAFIA - UMA ANÁLISE BREVE DA ATUAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA NA ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER PARTE IV


Portanto, percebe-se que se está perdendo recursos econômicos e financeiros na relação de trocas com outras regiões no segmento da náutica de lazer. A produção artesanal de embarcações, em sua maioria armadas em escunas, oriundas de diversos estaleiros localizados na BTS, Valença e Baía de Camamu, vendidas para outros estados e em menor escala para o exterior e mercado local, não tem peso suficiente para contrabalançar o déficit nas relações de trocas entre a Bahia e outros estados nesse segmento produtivo.
                     
                                               ESTALEIRO ARTESANAL - CAMAMU - BAHIA
                                 http://veleirofirulete.blogspot.com/2010/08/camamu.html


                                               ESTALEIRO ARTESANAL - CAMAMU - BAHIA
                                http://veleirofirulete.blogspot.com/2010/08/camamu.html


                           ESTALEIRO ARTESANAL - CAMAMU - BAHIA
                          http://veleirofirulete.blogspot.com/2010/08/camamu.html


                            ESTALEIRO ARTESANAL - CAMAMU - BAHIA
                                 http://veleirofirulete.blogspot.com/2010/08/camamu.html


                                    CANOA CONSTRUIDA DE UM SÓ PAU - CAMAMU - BAHIA
                                           http://veleiroeasygoing.blogspot.com/


Um outro exemplo prático é a construção de duas embarcações no estado de Santa Catarina para atender a atual concessionária do serviço de ferry boat da travessia aquaviária entre Salvador e Ilha de Itaparica, quando as mesmas poderiam ser construídas em estaleiros baianos, a exemplo do Corema que dispõem de infraestrutura necessária. Além desse fato, essa concessionária doca suas embarcações no vizinho estado de Sergipe.

                   FERRY "IVETE SANGALO" CONSTRUIDO EM SANTA CATARINA


A área de planejamento do Governo Estadual deve diligenciar esforços entre a Secretaria de Indústria e Comércio e a Secretaria da Fazenda no sentido de implementar mecanismo de política fiscal, gravando a entrada de barcos novos em território Baiano, construídos em outras unidades da Federação e simultaneamente oferecer incentivos fiscais a esses estaleiros para se instalarem aqui. É a prática de política de emprego e renda, e acima de tudo, defesa dos interesses do Estado. 


O CENAB foi dissolvido em 2007, em troca o atual Governo sinaliza nova investida em relação ao desenvolvimento do segmento náutico de lazer no Estado, preconizada pelo
Decreto nº 11.125 de 03 de julho de 2008, que institui grupo de trabalho com essa finalidade. Espera-se que este novo ato venha realmente dar contorno estruturante a náutica de lazer no Estado.

Tudo que foi relatado neste capítulo, para gerareficácia se faz necessário a presença de profissionais de nível elementar a especializado, oferecendo suporte ao desenvolvimento da atividade náutica de lazer. O Governo do Estado da Bahia deve realizar gestões junto às Universidades Estaduais e Federais no sentido de criar curso superior de engenharia naval, que atenderia não só a construção de embarcações voltadas ao lazer náutico, mas também aos estaleiros de embarcações de grande porte. Nesse contexto não pode ser relegado os cursos profissionalizantes nessa área. A Universidade Federal da Bahia está implementando a criação do curso de Engenharia Naval, a nível especialização, lato sensu. É uma iniciativa importante, não desprezando a criação do curso de graduação em Engenharia Naval



MARGARIDA E JOSEMAR
 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

MONOGRAFIA - UMA ANÁLISE BREVE DA ATUAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA NA ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER.- PARTE III

A ausência de estímulo também ocorre em relação às canoas, as quais geralmente pertencem a nativos residentes nas diversas ilhas da BTS ou no seu entorno, que vivem da pesca; não possuindo recursos financeiros necessários para trazer a reboque suas embarcações dos seus portos ao local da competição, cuja largada se dá em frente à praia do Porto da Barra, ou perder um dia de atividade pesqueira sem recompensa.

Mediante cobrança de taxas de inscrição, veleiros não tradicionais poderiam participar da Regata João das Botas. Esses recursos seriam revertidos aos saveiristas. Essa é outra forma de oferecer maior grandeza e visibilidade a essa competição e com isso atrair maior número de patrocinadores para o evento, ampliando também a faixa de premiação e assim, incentivando a vinda de maior número de embarcações clássicas.

A exemplo da Holanda, um barco de valor histórico tem um padrinho que o mantém, podendo ser uma instituição ou cidadão que tenha condições financeiras e reconheçam a importância em preservar a cultura ligada ao mar. O Governo Estadual deve avaliar a inclusão desta ação em seus objetivos para o setor náutico.

A estruturação de um festival náutico em Salvador, no mês de janeiro ou fevereiro, antes do início do carnaval baiano, constitui-se em uma interessante forma de atrair um maior número de visitantes a Bahia no verão. O formato desse evento seria: regatas de barcos clássicos locais, escunas, saveiros e canoas típicas; regatas de monotipos e veleiros de oceano; atividades de mergulho contemplativo de naufrágios e campeonato de caça submarina no interior da BTS e arredores; campeonato de pesca oceânica; salão náutico para barcos novos e usados; convites para tall ships (grandes veleiros clássicos), de diversas nações, onde os mesmos participariam de um desfile naval em águas da BTS e de uma regata a Ilhéus ou Porto Seguro.

                                                                         TALL SHIP
                                  http://nellsfarmhouse.blogspot.com/2011/03/tall-ships-are-coming.html

                                                      TALL SHIP EM FESTIVAL NÁUTICO
                                   http://allburrica.blogspot.com/2010/12/tall-ships.html

A relação custo-benefício de um evento dessa natureza é altamente favorável, pois a organização do mesmo seria partilhada entre o Governo do Estado, município e a atividade privada. O fluxo de visitantes durante o festival seria intenso, principalmente dos tripulantes dos Tall Ships[1], figura 22 e, por conseqüência, a Bahia firmaria sua marca no mundo náutico.                           
  
Outro vazio de atuação do CENAB foi o fomento a instalação de estaleiros para construção de embarcações de recreio em terras baianas, evitando a fuga de recursos financeiros quando um baiano adquire um barco em outro estado. Hoje não possuímos nenhum estaleiro produzindo lanchas em nosso território. Veleiros são produzidos em apenas um estaleiro, que constrói multicasco voltado para o público de alto poder aquisitivo. Um agravante foi à perda do Estaleiro Perimar para o Rio de Janeiro. Essa unidade construía lanchas na faixa de 26 pés a 40 pés. Seus produtos eram bem aceitos no mercado, inclusive em outros estados. Ao invés do mesmo se relocar da periferia de Salvador para o propalado Condomínio Náutico, ele foi para fora do Estado.

Enquanto isso, na Região Nordeste, Alagoas, Pernambuco e Ceará, contam com estaleiros produzindo não só lanchas de médio e grande porte, como também grandes iates com autonomia para travessias oceânicas, sendo que a soma do PIB desses Estados é inferior ao da Bahia. Além disso, Santa Catarina que possui um pequeno litoral e clima não tão favorável à prática do lazer náutico, exporta diversos modelos de embarcações para a Bahia.



[1] Navios à vela clássicos


MARGARIDA  E  JOSEMAR


MONOGRAFIA - UMA ANÁLISE BREVE DA ATUAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA NA ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER.- PARTE II

Nestes 10 anos de atuação do CENAB, algumas metas foram atingidas in totum ou de forma parcial, enquanto outras tiveram resultados negativos. A atração de regatas foi um desses objetivos cujo resultado foi plenamente alcançado. Alguns dos mais importantes eventos do mundo náutico têm hoje a cidade de Salvador como destino ou passagem de seus veleiros. Os atrativos dos mares baianos e os aspectos culturais e naturais circulam hoje pelo mundo em artigos veiculados em revistas náuticas, oferecendo maior visibilidade às excepcionais condições da BTS e do restante do litoral baiano para a prática do lazer e esportes náuticos. Dessa forma, mais visitantes serão atraídos para a Bahia, aumentado o fluxo de divisa na economia local.

O Raliye des Iles du Soleil, um dos mais importantes desses eventos, aporta todos os anos em Salvador, durante o mês de dezembro, desde 1996, ficando até a semana do Carnaval. A participação gira em torno de 30 veleiros, com uma média de 4 tripulantes por barco. Não é uma regata, é um cruzeiro coletivo, onde os barcos partem da França com escalas nas Ilhas Canárias, Dakar no Senegal e Cabo Verde, descendo o Atlântico Sul até Salvador. O que caracteriza esse evento é a prolongada estadia na capital baiana, de onde os tripulantes vão em busca de outros pontos turísticos do Estado.

                                             Raliye des Iles du Soleil - SALVADOR - BAHIA
           http://tangatamanu.wordpress.com/2011/03/04/o-que-podemos-aprender-com-o-rallye-iles-du-soleil/


A Jacques Vabre é uma regata de alta performance, com ampla cobertura da imprensa especializada, realizada de 2 em 2 anos. O local de partida é a cidade de Le Havre na França, com chegada em Salvador – Bahia. Competem 5 classes de barcos, cada uma com 2 tripulantes, entre monocasco e multicasco.

                                            BARCO DA JACQUES VABRE - SALVADOR - BAHIA
 http://www.comunicacao.ba.gov.br/conteudo/paginas/ciclo-de-regatas-na-bahia-veleiro-foncia-vence-classe-imoca-na-jaques-vabre/

Outra competição, a Transat 6.50, a exemplo da Jacques Vabre é realizada de 2 em 2 anos, no mesmo período. Partida de Fort-Boyard, França, com escala na Ilha da Madeira e depois Salvador. É uma regata em solitário, corrida com barcos de 6,50 m.

                                   BARCOS DA TRANSAT EM SALVADOR - BAHIA
http://www.comunicacao.ba.gov.br/fotos/2007/10/30/alunos-do-colegio-vale-dos-lagos-visitam-velejadores-da-regata-transat-6-50/alunos-do-colegio-vale-dos-lagos-visitam-velejadores-da-regata-transat-6-50-3/view

Em 2006, o CENAB captou outro evento; a antiga regata Cidade do Cabo / Rio de Janeiro, hoje denominada Cidade do Cabo / Salvador. É uma regata aberta à participação de diversas classes, desde barcos de cruzeiros, mais lentos, a modernos veleiros de regatas. A largada acontece na Cidade do Cabo, na África do Sul, vindo direto para Salvador.

Em contrapartida, a captação desses eventos internacionais, o CENAB relegou a um segundo plano a promoção das competições náuticas locais, principalmente as vinculadas às tradições culturais dessa cidade. Não operacionalizou entre as suas metas de trabalho a preservação da memória náutica da Bahia com foco nos saveiros e na arte naval empregada para construí-los e recuperação de acervo documental da CNB.

O exemplo mais significativo dessa situação é a Regata João das Botas. Criada em 1969 pela Marinha de Guerra do Brasil (MB) como instrumento para a preservação dos saveiros (figura 20), nesse momento, já em franca decadência, correndo risco de extinção. O nome do evento é uma homenagem a João das Botas, que desempenhou importante papel como comandante da eclética frota de embarcações locais que duelou contra os navios portugueses nas batalhas pela Independência da Bahia. A iniciativa da Marinha de Guerra do Brasil acrescenta, mas em virtude da importância do saveiro para nossa história e cultura, quem deveria estar à frente de um evento dessa natureza tem que ser o Governo Baiano.

                                                            REGATA JOÃO DAS BOTAS

                                     http://blog.abvc.com.br/page/7/  
                                                  
A Regata João das Botas em diversas ocasiões não foi realizada por falta de patrocínio ou apoio de outras entidades. Participam desse evento saveiros de vela de pena e de içar; escunas e canoas. Nas últimas edições foi notória uma participação insignificante de escunas e canoas (figura 21). As escunas são barcos de geometria naval clássica e quando a todo pano, ou seja, com todas as velas içadas, oferecem um belo espetáculo plástico àqueles que estão assistindo a competição náutica. Não competem mais em virtude dos custos para manter de prontidão um barco de grande porte, como são as escunas, sem estímulo aos seus proprietários ou aos mestres. Nesse momento é que deveria entrar o Estado em auxílio a MB, criando fórmulas que viabilizem a participação das escunas na Regata João das Botas, oferecendo prêmios aos seus mestres e marinheiros ou ajuda de custo aos proprietários.             
                   

                                                          ESCUNA DA BAHIA



                                                               CANOA TÍPICA DA BAHIA
                                       http://tangatamanu.wordpress.com/2011/01/


                                              REGATA JOÃO DAS BOTAS
                                   http://www.nectonsub.com.br/wordpress/archives/5276
                          
                                            REGATA JOÃO DAS BOTAS
                                 http://www.nectonsub.com.br/wordpress/archives/5276



MARGARIDA E JOSEMAR
                                    





                         

MONOGRAFIA - UMA ANÁLISE BREVE DA ATUAÇÃO DO ESTADO DA BAHIA NA ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER.- PARTE I

O diagnóstico que se pode traçar em relação às instituições públicas da Bahia quanto às atitudes efetivamente tomadas em direção ao desenvolvimento da atividade náutica de lazer, buscando agregar renda e emprego ao Estado, é a ausência de planejamento governamental nesse sentido, pelo menos até a criação do Centro Náutico da Bahia (CENAB) em 1996.


A Bahia não desenvolveu as diversas vantagens comparativas citadas no capítulo três em relação às Unidades da Federação dotadas com litorais marítimos, áreas fluviais e lacustres. Convivemos com ausência de atitudes por parte da sociedade em cobrar dos governantes ações e políticas públicas que potencializem o desenvolvimento econômico que esta atividade e os efeitos multiplicadores que poderiam trazer ao Estado.


A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER) contratou entre os 1980 e 1982 diversos estudos de consultoria para verificar a viabilidade técnica e econômica de implantação de terminais hidroviários e projeto de embarcações, para atender diversas localidades do recôncavo baiano, inclusive Salvador, a serem utilizados no transporte de passageiros, cargas e barcos particulares. Pouco foi realizado, e a aplicação de recursos públicos empregados nesses contratos de consultoria e outros esforços foram perdidos.

Entre esses projetos, destacam-se: a construção de um terminal para movimentar materiais de construção na Baía de Aratu; um novo terminal de Ferry Boat, também em Aratu; projeto de uma embarcação com capacidade para 630 passageiros e um terminal na Enseada dos Tainheiros, ligando o bairro da Ribeira à Plataforma, que inclusive foi o único que entrou em operação.

Outra investida nessa área, dessa vez na esfera da Prefeitura de Salvador, também congelado, é o projeto Via Náutica que englobava a construção de diversas estruturas náuticas ou piers entre a Ribeira e o Porto da Barra. Pelas características dos atracadouros, tomando como base o único construído e não utilizado em 2000, situado na Ponta do Humaitá, Península de Itapagipe, a função dos mesmos era atender o fluxo turístico e não o transporte convencional de passageiros.


Em dezembro de 1996, o Governo do Estado da Bahia, mais sensível à importância da atividade náutica de lazer como indutor de renda e emprego e diante das vantagens comparativas do litoral baiano, particularmente a Baía de Todos os Santos, criou o Centro Náutico da Bahia (CENAB), associação civil de caráter privado, sem fins lucrativos, sob a forma de organização não-governamental (ONG) (LOUREIRO, 2004).

 "O Centro Náutico da Bahia (CENAB) foi criado, por decreto, pelo Governo do Estado da Bahia, em dezembro de 1996, durante a gestão do governador Paulo Souto. Inicialmente vinculado à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, o seu objetivo é o de desenvolver o segmento náutico no Estado. À medida que o trabalho do CENAB cresceu sua administração, a cargo de um grupo especial de trabalho, foi se tornando cada vez mais difícil. Para contornar as dificuldades vislumbraram-se duas alternativas: criar uma estrutura própria dentro do Governo (o que ia de encontro ao pensamento vigente de descentralização do Estado) ou transformá-lo em entidade não governamental, com o respaldo do governo com o principal mantenedor, para conduzir a política de desenvolvimento da atividade náutica (ZACARIAS, 2002, apud LOUREIRO, 2004, p.51). [...] O caminho escolhido foi o segundo: criou-se uma associação civil de caráter privado, sem fins lucrativos, sob a forma de organização não governamental. Essa ONG colocou a Bahia como pioneira ao estruturar esse programa específico para o desenvolvimento da náutica. O trabalho de captação e recepção de regatas e rallyes internacionais gerou todo o programa que vem se desenvolvendo nessa área, na Bahia (LOUREIRO, 2004, p.51)."

O plano de trabalho do CENAB se direcionou num primeiro momento na atração de regatas, tendo como escala a capital baiana. Essa estratégia visualizava o nicho de visitantes ligados a este segmento, não só os tripulantes dos veleiros, mas também repórteres de revistas e jornais especializados no assunto, dando visibilidade à Bahia no cenário globalizado da náutica, aumentando no futuro, o número de embarcações navegando no litoral ou atraindo novos eventos.


Outra meta foi à inserção de menores carentes no mundo da vela, através do aprendizado em barcos optimist, laser, e outros. A escolha desses aprendizes se daria por critérios que iam da freqüência escolar a um satisfatório rendimento pedagógico.

O CENAB também promoveu a construção de embarcações de lazer em solo Baiano. Nos Galpões da Petrobrás, localizados na Avenida Jequitaia, cedeu áreas aos empreendedores com o intuito de montar pequenos estaleiros. Logo que esses empreendimentos atingissem uma maior escala de produção, seriam alocados na Baía de Aratu, onde o maior espaço físico livre, permitiria não só a diversificação do leque de modelos oferecidos, mas também, o aumento no porte das embarcações produzidas.


Por último, foram implementados cursos básicos na arte da construção naval, visando à implementação de mão-de-obra apta a atuar na incipiente indústria náutica baiana. Ressalta-se convênio que foi assinado com a Association Du Grand Pavois da França, com o intuito de passar tecnologias à Bahia na área náutica. A França é o país com maior desenvolvimento no setor de veleiros de cruzeiros.


MARGARIDA E JOSEMAR



quarta-feira, 17 de agosto de 2011

GOVERNADOR DA BAHIA EM BRASÍLIA , BUSCA VERBAS PARA PORTOS BAIANOS


ULTIMAMENTE TENHO FICADO MAIS TRANQUILO, MAS NÃO MENOS VIGILANTE, SOBRE OS DESTINOS DA ECONOMIA BAIANA. PRIMEIRO PELA ATUAÇÃO PRAGMÁTICA DA CODEBA EM RELAÇÃO A VIABILIZAÇÃO DE INVESTIMENTOS ESTRUTURANTES PARA OS PORTOS PÚBLICOS DO ESTADO, FATO QUE ENALTECI EM DIVERSAS OPORTUNIDADES NESSE SITE. AGORA, FICO SURPRESO E SATISFEITO COM A NOTÍCIA ABAIXO.



NÃO SOU ASSESSOR DO GOVERNADOR JAQUES WAGNER OU OUTRA COISA, MAS SOU CIDADÃO DO ESTADO O QUAL ELE GOVERNA, ESCREVO ISTO EM VIRTUDE DE TER FEITO CRÍTICAS, A PRIORIDADE QUE SEMPRE VEM SENDO OFERECIDA AO "PORTO SUL", ENQUANTO NADA ERA DITO SOBRE "SALVADOR" E "ARATU", MAS VEJO QUE NOVOS NORTES SÃO VISUALIZADOS COM ESSA IMPORTANTE VIAGEM A BRASÍLIA PARA DISCUTIR E BUSCAR RECURSOS PARA ESSAS UNIDADES.


HÁ POUCOS DIAS -VIDE POSTAGEM NO BLOG- HOUVE PROTOCOLO DE INTENÇÃO ASSINADO PELO SECRETÁRIO DE INFRA ESTRUTURA PARA REFORMAR E IMPLANTAR RAMAIS FERROVIÁRIOS LIGANDO A FERROVIA CENTO ATLÂNTICO AO PORTO DE ARATU, VIABILIZANDO A EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO POR ESSA UNIDADE. AGORA O GOVERNADOR, PESSOALMENTE, ASSEGURA RECURSOS PARA OBRAS NECESSÁRIAS A DUPLICAÇÃO DO TERMINAL DE CONTÊINER DO PORTO DE SALVADOR E AMPLIAÇÃO DE ARATU.



PARABÉNS GOVERNADOR, A BAHIA CRESCENDO ECONOMICAMENTE E QUALITATIVAMENTE SEU NOME PODERÁ CONSTAR NO "PANTEÃO" DOS QUE HONRAM ESSA TERRA, PELA LUTA EMPREGADA NA DEFESA DE SEUS INTERESSES.


OUTROSSIM, NÃO LEMBRO, NA HISTÓRIA RECENTE DA BAHIA, O GOVERNO DO ESTADO ATUAR DE FORMA HARMÔNICA JUNTO A NOSSA COMPANHIA DE DOCAS, VISANDO A MODERNIZAÇÃO E AMPLIAÇÃO DA ESTRUTURA PORTUÁRIA DO ESTADO.


"DAI A CEZAR O QUE É DE CEZAR E A DEUS O QUE É DE DEUS"



JOSEMAR SOUZA SANTOS




Governador discute modernização dos portos de Salvador e Aratu




Governador Jaques Wagner participa de reunião na Casa Civil da Presidência

Dois assuntos de importância fundamental para a Bahia, dentre outros, foram discutidos na tarde desta terça-feira (16) em Brasília pelo governador da Bahia, Jaques Wagner, acompanhado pela chefe da Casa Civil do Estado, Eva Chiavon. A ampliação e modernização do Porto de Aratu e as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) envolvendo o Porto de Salvador.

No Porto da capital baiana, estão previstos investimentos de R$ 136 milhões para obras de ampliação do quebra mar, de modo a viabilizar a duplicação do terminal de containeres, e o projeto que prevê a transformação de armazéns em terminais de passageiros para os navios que trazem turistas à capital baiana.

A reunião foi realizada com a ministra da Casa Civil da Presidência, Gleisi Hoffmann, como o ministro da Secretaria dos Portos, Leônidas Cristino, e com o chefe da Assessoria Especial da Casa Civil da Presidência, Carlos Eduardo Esteves.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

CANAL DE SUEZ, UMA PASSAGEM ESTRATÉGICA PARA NAVEGAÇÃO - SUEZ CANAL, A STRATEGIC PASSAGE FOR NAVIGATION

                                     

EM ESCRITO ANTERIOR RELATAMOS UM POUCO SOBRE O “CANAL DO PANAMÁ”, AGORA ESCREVEMOS SOBRE OUTRA IMPORTANTE VIA MARÍTIMA DO COMÉRCIO MUNDIAL, O “CANAL DE SUEZ”. O INTUITO É DESPERTAR AO VISITANTE DO BLOG A CURIOSIDADE SOBRE ASSUNTOS INTERESSANTES, O APROFUNDAMENTO DA PESQUISA HISTÓRICA FICARÁ A CARGO DOS INTERESSES ESPECÍFICOS DE CADA UM.

A HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO HUMANA DEMONSTRA QUE A NECESSIDADE DE ATENDER ÀS DEMANDAS DO CRESCIMENTO POPULACIONAL, IMPELE O HOMEM A CONQUISTAR NOVAS TERRAS, NOVOS HORIZONTES, PARA ISTO, ELE TEVE QUE APRIMORAR, PRINCIPALMENTE SEUS MEIOS DE LOCOMOÇÃO, ÀS DISTÂNCIAS DAS CONQUISTAS SE TORNARAM MAIORES.
FOI ASSIM QUE, EM RELAÇÃO À NAVEGAÇÃO MARÍTIMA, DO REMO, VEIO A PROPULSÃO A VELA, O VAPOR, OS MOTORES A ÓLEO, A ENERGIA NUCLEAR, JUNTO COM A DESCOBERTA DE NOVAS ROTAS DE NAVEGAÇÃO E MEIOS ARTIFICIAIS PARA DIMINUÍREM AS DISTÂNCIAS DE UM PONTO A OUTRO. NESTE CONTEXTO FORAM CONSTRUÍDOS O “CANAL DO PANAMÁ” E  “SUEZ”.
O “CANAL DE SUEZ” LIGA O “MEDITERRÂNEO” AO “MAR VERMELHO” PERMITINDO A NAVEGAÇÃO DA EUROPA A ÁSIA, SEM NECESSIDADE DE PASSAR PELO “CABO DA BOA ESPERANÇA” NO SUL DA ÁFRICA.
NAVIO DE GUERRA ATRAVESSANDO O SUEZ
                  http://viagenslacoste.blogspot.com/2010/06/canal-do-suez-locais-que-deveriamos.html

A IDEIA DE CONSTRUIR ESSA LIGAÇÃO É ANTIGA, MAS COUBE A FRANÇA POR RAZÕES  DE GEOPOLÍTICA, QUE REMONTA A CAMPANHA NAPOLEÔNICA NO EGITO, REALIZAR A OBRA, QUE COMEÇOU EM 1859, CUJA INAUGURAÇÃO OCORREU EM 17 DE NOVEMBRO DE 1869.                                                        
                                               LOCALIZAÇÃO DO "SUEZ
                         http://portugues.vacationstogo.com/cruise_port/Suez_Canal__Egypt.cfm
         
 A EXISTÊNCIA OPERACIONAL DO “SUEZ” FOI CONTURBADA POR CAUSA DAS CONTENDAS QUE ENVOLVERAM ÁRABES, “FRANÇA”, “INGLATERRA” E “ISRAEL”. TENDO SIDO FECHADO EM 1967, DURANTE A GUERRA DOS SEIS DIAS, ONDE “ISRAEL” OCUPOU A “PENÍSULA DO SINAI” E EM REPRESÁLIA O “EGITO” AFUNDOU, PROPOSITADAMENTE, INÚMEROS NAVIOS NO “SUEZ”, OBSTRUINDO A NAVEGAÇÃO. FOI REABERTO EM 1975, APÓS SER CONSOLIDADO O PROCESSO DE PAZ ENTRE “EGITO” E “ISRAEL”.


NA FIGURA A SEGUIR, PERCEBE-SE QUE ÀS MARGENS DO "SUEZ" NÃO EXISTE NENHUM TIPO DE CONTENÇÃO, VISÍVEL, PARA RETER AREIA OU SEDIMENTOS QUE VENHAM A SER TRANSPORTADOS PARA O INTERIOR DO CANAL PROVOCANDO O SEU ASSOREAMENTO. PRINCIPALMENTE EM PERÍODOS DE TEMPESTADES DE AREIA, TÃO COMUM NESTA ÁREA. TAMBÉM, NÃO SEI SE É REALIZADA ALGUM TIPO DE DRAGAGEM PERIÓDICA PARA MANTER A PROFUNDIDADE DE PROJETO. SE ALGUM VISITANTE TIVER CONHECIMENTO, POR FAVOR, COMENTE, PARA DIRIMIRMOS ESTA DÚVIDA.

                                                    CANAL DE SUEZ
                                       http://www.blogdoatheneu.org/blog/?p=14529


AO CONTRÁRIO DO “PANAMÁ”, O “SUEZ” NÃO TEM IMPEDIMENTO PARA LARGURA DE NAVIOS, EM VIRTUDE DE NÃO POSSUIR ECLUSAS, POIS ESTÁ AO NÍVEL DO MAR, A LIMITAÇÃO SE DÁ NO CALADO. A EXTENSÃO DO "SUEZ" É DE 163 KM, O CALADO MÁXIMO É 15 METROS, SUA LARGURA MÉDIA É DE 365 METROS, SENDO QUE 190 METROS NAVEGÁVEIS, NO INÍCIO AS DIMENSÕES ERAM 52 M E 44 M RESPECTIVAMENTE.


ESSA DISTÂNCIA É PERCORRIDA EM CERCA DE 15 HORAS, A UMA VELOCIDADE DE 14 KM/H. ALÉM DOS ASPECTOS DA SEGURANÇA DO TRÁFEGO MARÍTIMO A VELOCIDADE É LIMITADA PARA NÃO PRODUZIR ONDULAÇÕES QUE VENHAM A DESESTABILIZAR ÀS MARGENS DO CANAL.
                                                  
                     PORTA AVIÕES AMERICANO E SEU GRUPO DE BATALHA - SUEZ
                                           http://www.egito-turismo.com/suez.htm


                                 FRAGATA IRANIANA ATRAVESSANDO O SUEZ
                 http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/navios-iranianos-passam-por-canal-de-suez-no-egito


DO MESMO MODO QUE O “CANAL DO PANAMÁ”, CERCEOU A ROTA DO “CABO HORN”, O “SUEZ” DIMINUI O TRÁFEGO MARÍTIMO NO SUL DA ÁFRICA, “CABO DA BOA ESPERANÇA”, MAS NÃO INVIABILIZOU POIS OS SUPER TANQUES DENOMINADOS VLLC – VERY LARGE CRUDE CARRIER E ULCC – ULTRA LARGE CRUDE CARRIER, NAVIOS ESPECIALISTAS EM TRANSPORTE DE PETRÓLEO CRU, PELAS SUAS DIMENSÕES NÃO PODEM NAVEGAR PELO “ SUEZ”. DIGA-SE DE PASSAGEM QUE ESTE CANAL VEM SOFRENDO OBRAS PARA AMPLIAR SUA ACESSIBILIDADE MARÍTIMA, O QUE PERMITIRÁ TRÁFEGO PARA NAVIOS MAIORES.

A SEGUIR, CLASSES DE NAVIOS TANQUES, VEJAM QUE AS DESIGNAÇÕES  SUEZMAX, PANAMAX, INDICAM QUE ESSES NAVIOS SÃO O LIMITE GEOMÉTRICO QUE PODEM ACESSAR OS RESPECTIVOS CANAIS. NA TABELA VOCÊ PERCEBE QUE O CALADO MÁXIMO PARA O SUEZMAX É DE 16 M, OU SEJA, UM POUCO MAIS DO LIMITE ATUAL DO "CANAL DE SUEZ" DE 15 M.


Petroleum Tankers
ClassLengthBeamDraftTypical Min DWTTypical Max DWT
Seawaymax226 m24 m7.92 m10,000 DWT60,000 DWT
Panamax228.6 m32.3 m12.6 m60,000 DWT80,000 DWT
Aframax253.0m44.2m11.6m80,000 DWT120,000 DWT
Suezmax16 m120,000 DWT200,000 DWT
VLCC (Malaccamax)470 m60 m20 m200,000 DWT315,000 DWT
ULCC320,000 DWT550,000 DWT

ONDE: LENGHT - COMPRIMENTO ; BEAM - LARGURA MÁXIMA; DRAFT - CALADO MÁXIMO; DWT - PESO MORTO.

                                                     SUEZMAX:
                                        http://www.euronav.com/webfleet.aspx?l=3
                                                         VLCC
                                         http://www.euronav.com/webfleet.aspx?l=1

O SUPER PETROLEIRO "KNOCK NEVIS", ANTES CONHECIDO COMO "SEAWISE GIANT", "HAPPY GIANT" E " "JAHRE VIKING" , NOMES ANTERIORES DO NAVIO,  FOI O MAIOR NAVIO DO MUNDO ATÉ HOJE CONSTRUÍDO, FOI DESMONTADO EM 2010 NA ÍNDIA. TINHA 458,45 M DE COMPRIMENTO E CAPACIDADE DE 564,763 TONELADAS MÉTRICAS, SABE QUAL É O CALADO? 24,5 M, EQUIVALENTE A UM EDIFÍCIO DE 8 ANDARES. 

                                             ULCC -"KNOCK NEVIS"                                           
                             http://www.ships-info.info/label-oil-tankers.htm


                          PANAMAX - GRANELEIRO PANAMAX
                                http://www.blogmercante.com/2010/08/caem-precos-de-navios-capesizes/


JOSEMAR

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

DIA DO ECONOMISTA - 13/08 - PARABÉNS

AOS COLEGAS ECONOMISTAS, PARABÉNS PELO DIA DESSA CARREIRA QUE TANTO FAZ VISLUMBRAR AS CAUSAS QUE LEVAM À COMPREENSÃO DOS FLUXOS DAS RIQUEZAS E EMPROBECIMENTOS DAS NAÇÕES.



JOSEMAR SOUZA SANTOS

MONOGRAFIA - EVOLUÇÃO ESTRUTURAL DO LAZER NÁUTICO NO ENTORNO DA "BAÍA DE TODOS OS SANTOS" PARTE II

A Marina Aratu, localizada na baía de mesmo nome (vide anexo II), depois da Bahia Marina, que é localizada abaixo da Avenida Contorno, é a estrutura náutica com maior gama de serviços na BTS. Oferece aos navegadores uma rampa para embarcações de até 300 toneladas, e uma área útil que permite futuras ampliações. É uma das estruturas com maior potencial de crescimento no universo náutico da Baía de todos os Santos.

Mesmo voltada à manutenção de embarcações da Marinha de Guerra e eventualmente da Marinha Mercante, a Base Naval de Aratu oferece certas facilidades a embarcações de pequeno porte, como as oficinas e sistema de elevador de navios, que são um diferencial importante no desenvolvimento da náutica de lazer no Estado e particularmente na BTS. 


                    NAVIO TANQUE "MARAJÓ" MB - NO DIQUE SECO BNA
                                 http://www.mar.mil.br/menu_h/noticias/05112010/03.html

Diante do crescimento dessa atividade no Estado da Bahia proporcionado por fatores macroeconômicos, como a manutenção da estabilidade dos preços e a queda na taxa de juros básica da economia, que induziram o incremento da renda das classes b e c, formando um novo nicho de consumidores, é evidente que esta demanda crescente exigirá novos estruturas e ampliação das existentes, dando suporte aos novos navegantes. Conforme a (anexo VIII) verifica-se que as entidades náuticas organizadas no Estado estão no limite de ocupação de suas vagas disponíveis.

Uma dessas áreas que podem ser utilizadas nesse sentido é o quadro formado pelo Quebrar Sul do Porto de Salvador e o antigo Cais da CNB.  Com a construção de berços de atracação no entorno interno do Quebrar Mar, desde a sede da Capitania dos Portos até a proximidade do forte de São Marcelo, essa estrutura atenderia basicamente aos veleiros que aportam em Salvador, dando suporte a marina do Terminal Turístico náutico, adjacente ao antigo Prédio da Companhia de Navegação Baiana. 

                              QUEBRA MAR SUL PORTO DE SALVADOR

Visualiza-se também a construção de um quebra-mar na área entre a Praia do Porto da Barra e o Iate Clube da Bahia (ICB). O molhe atenderia a necessidade de proteção da sede social do ICB das vagas de quadrante sul e sudoeste, com a possibilidade de criar berços de atracação para embarcações de associados ou de visitantes, observando-se a relação custo benefício quanto ao impacto do meio ambiente. Normalmente estruturas desse tipo se tornam em sua parte submersa berçário para inúmeras espécies de peixe, o que favoreceria a diversificação e aumento da fauna marinha nessa região. Os piers dos imóveis e as embarcações de pescadores localizados entre o Bairro da Vitória e a Avenida Contorno também se beneficiariam com a proteção contra as ressacas. 
                        IATE CLUBE DA BAHIA / PRAIA DO PORTO DA BARRA
                                    http://diariodoavoante.wordpress.com/tag/salvador/

A vocação náutica da Ribeira, precisamente a enseada dos Tainheiros, deve ser incentivada pelos Governos Municipal e Estadual, criando estruturas públicas para atender aos que pretendem ingressar no mundo náutico, mas não possuem recursos financeiros suficientes para manter suas embarcações em uma entidade particular, socializando assim essa atividade. 

                            EMBARCAÇÕES - ENSEADA DOS TAINHEIROS

Os aterros da Enseada dos Tainheiros poderiam ser evitados a fim de recuperar, no que for possível, o manguezal que ali existia. As praias dessa área, que não são propícias ao banho de mar, em virtude de seu fundo de lama, por conseqüência devem ser liberadas a manutenção de embarcações de madeiras a exemplo das escunas, pois, secularmente, esta faina (trabalho a bordo) foi realizada dessa maneira nas inúmeras praias das ilhas da BTS.

As autoridades públicas, que são definidoras do planejamento urbano, não devem perder o horizonte que a atividade náutica é capaz de alcançar, pois gera renda e emprego, e as especializações históricas de cada lugar podem ser mais observadas e potencializadas. 

A recuperação dos antigos atracadouros existentes nas diversas localidades da BTS é de vital importância para atendimento daqueles que utilizarão esses locais para seus passeios marítimos e para dar apoio ao turismo náutico, que atua de forma incipiente para o potencial de desenvolvimento que esta atividade pode ter.


MARGARIDA E JOSEMAR