Cidade de São Salvador da Baía de Todos os Santos em 30 de junho de 2011
DISCERNERE, IDENTITADE, AT VICTORIA
DISCERNERE, IDENTITADE, AT VICTORIA
Como se torna prazeroso o firme caminhar com o vento morno da liberdade de consciência tocando suavemente nossa face e nos indicando o rumo a ser seguido em direção às possibilidades de verdades. Uns te seguirão nessa jornada, não porque queiras ter subordinados, pois seu único e soberano comando tu exerce sobre si mesmo, e sim porque suas atitudes e seus passos cadenciados demonstram segurança.
Na densa fronteira entre a abstração acadêmica e o mundo real, um aprendiz pergunta em sala de aula, usando o discernimento como bússola: Instrutor, você foi contratado pela Instituição para ensinar-me, no meu papel de “colaborador” a se tornar uma eficaz unidade produtiva, mas, até o momento não demonstrou quais instrumentais devo usar no sentido que os novos e positivos resultados auferidos sejam compartilhados por mim e minha família, favorecendo novas atitude de mudanças nas estruturas sociais.
Vamos afastar o espectro da inconsciência e nos tornamos seres determinados a sufocar o oportunismo. Se não usas o discernimento, pelo menos se guie pelo extinto de sobrevivência, pela capacidade não de banalizar-se, mas de indignar-se.
Vivemos num país onde os procedimentos econômicos e sociais junto à imensa maioria de seus habitantes beira a fronteira da bestialidade. Vamos a partir desse momento, tratarmos de outro conhecimento, ou o que a sociedade deva fazer no sentido de ser crítica em relação ao modo que a realidade é passada para ela, podendo assim modificar um mundo maior que o mundo de sua empresa, ou seja, o verdadeiro mundo social.
Em inúmeras oportunidades, os órgãos de imprensa veiculam que o Risco Brasil - a confiança que os investidores observam em relação à segurança de seus investimentos – vem caindo, e esta informação é absorvida pelo observador menos atento como um conhecimento de algo favorável à sociedade brasileira, mera falácia.
Cada vez que este indicador diminui significa aumento da miséria, menos recursos disponíveis para aplicar no bem estar do povo brasileiro, pois ele representa a falta de vontade desse mesmo povo em reagir a estas transferências financeiras realizadas a título de remuneração desse capital aqui aplicado, agiotagem em outras palavras.
A Argentina é vista pelos investidores internacionais como um país de alto risco, pois o povo argentino usando da sua capacidade de indignar-se e possuidor de uma identidade nacional muito forte, foi às ruas para dizer não a esse modelo econômico onde as nações pobres geram riquezas para engordar as crianças do primeiro mundo enquanto as suas morrem de fome.
O povo argentino disse não a servidão e sim a dignidade.Os indicadores sociais e econômicos da Argentina são de longe superiores ao dos brasileiros. O Brasil vem realizando o dever de casa, ou desculpe, o dever imposto pelos investidores internacionais e o FMI, e em troca possui os piores indicadores de desenvolvimento humano da América Latina.
O governo em seus comunicados informa através dos meios de comunicação que a balança de comércio brasileira foi superavitária, indicando que, exportamos mais que importamos. Este fato é passado como algo benéfico ao bem estar da nossa população, pois aumentam nossas reservas financeiras. Mais uma falácia.
Nesse ínterim, um pai de família, morando nas encostas da periferia, sem sentir o gosto de qualquer refeição no dia, desprovido de intelectualidade ou como queira de escolaridade, mais provido de identidade e discernimento, se pergunta: “todos os dias vejo esta história de superávit, e porque a condição de vida de minha família não melhora”?
A mentira: a lógica do modelo econômico imposto ao Brasil, justamente reside na obtenção de divisas estrangeiras, não para serem aplicadas em pró da nossa população e melhoria de suas estruturas e sim visando garantir a amortização da dívida externa e por conseqüência a dívida interna. Caro amigo, sabe como as autoridades do Banco Central implementam esta política monetária?
Eles mantém as taxas de juros em patamares desumanos, visando com isso restringir o acesso ao crédito, criando assim meios para que a demanda enfraqueça internamente, porque senão não sobrará produtos para serem exportados e gerar os dólares necessários a ganância dos banqueiros internacionais. Não crescendo, também não precisamos aumentar nossas importações. A fórmula da miséria é esta.
As autoridades econômicas, comentaristas e consultores detentoras do conhecimento, usando os órgãos de imprensa vem a público informar que as taxas de juros não podem cair a nível civilizado, porque geraria uma corrida ao crédito e conseqüentemente ao consumo, resultando em um cenário de inflação.
Isso pode ser uma verdade acadêmica mas não condiz com o quadro de necessidades que a grande maioria dos brasileiros passam. Não existe inflação de demanda no nosso país, pelo contrário às necessidades, mesmo que mínimas, não são atendidas. Entenderam porque o bem estar não chega na maioria dos lares brasileiros, na verdade produzimos riquezas para sustentar os lares do primeiro mundo.
A própria lei de Responsabilidade Fiscal ao contrário do que se apregoa abertamente como um instrumento de moralização dos gastos públicos, na verdade foi imposta pelo Fundo Monetário Internacional ao Congresso Brasileiro no sentido de garantir o pagamento da dívida externa em detrimento do bem estar dos cidadãos brasileiros.Pagam-se os juros e o resto quando sobrar aplica-se no País.Mas uma mentira que se passa aos incautos como verdade.
Outra torpeza de nossa sociedade fica evidenciado quando pagamos mais de 40% de toda a nossa renda em impostos, o mesmo que paga a população das nações desenvolvidas, sendo que nelas você tem como contrapartida serviços dignos, taxas de juros civilizadas, estradas perfeitas, hospitais públicos onde os pacientes são tratados com respeito, boas escolas, salários que permitem você viver dignamente e onde os deslizes dos homens públicos são punidos exemplarmente. Aqui não temos nada, apenas uma maquiagem grosseira.
Povo brasileiro, porque até o momento não reagistes a tanta hipocrisia? Falta assistir mais aulas de gestão do conhecimento, lembra-te que, o academicismo simples e puro beira a fronteira da inutilidade, ou queres provar a máxima que cada povo tem o governo que merece.
Como é fácil no nosso País encontrar exemplos que demonstram que a nossa sociedade permanece mais escrava do que à época da lei Áurea, e que usa vendas que não a permite perceber os ideais de Igualdade, Liberdade e Fraternidade da Revolução Francesa, onde homens guiados pela coragem e honra não aceitavam o status de submissão e servidão, levando a cabeça dos depostas, ao cesto. Acreditar em seus ideais é um passo enorme na busca da justiça social.
A idéia que tentamos passar através deste texto é que devemos ser críticos em relação a qualquer informação que nossos sentidos absorvam, venham de onde vier, por intermédio de quem quer que seja. Tudo é certo e tudo é errado. O que é ético para uma civilização pode ser imoral a outra. Qual doutrina religiosa é verdadeira? Qual o convicto que devemos seguir? Onde se encontra a fronteira entre a loucura e a sanidade?
A todo instante os ventos da relatividade varrem a nossa existência e a história da humanidade. A liberdade de consciência se torna uma bússola confiável o suficiente para nos guiar em nossa caminhada em direção ao norte que é a verdade de todas as mentiras.
“Multiplicai os zeros quantas vezes quiserdes sempre valerão zero; amontoai nadas e a nada chegareis, nada, nada.
Nada, eis aí o programa da maioria dos homens” , Do livro “O Grande Arcano”.
Isto é o que pensamos.
Josemar Souza Santos
ECONOMISTA - CORECON 2065
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