Seguidores

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

RESGATE DA HISTÓRIA NAVAL DA BAHIA - BARCO TIPO PERUA, EMBARCAÇÃO CLÁSSICA - RESCUING BAHIA'S NAVAL HISTORY - PERUA TYPE BOAT, CLASSIC VESSEL

A IMAGEM ABAIXO É MUITO REPRESENTATIVA PARA O LEGADO DA HISTÓRIA NAVAL DA BAHIA, REPRESENTANDO UMA PERUA, VARIANTE DE ARMAÇÃO VÉLICA CUJO GRAMINHO INDICAVA OS CÁLCULOS AOS CARPINTEIROS NAVAIS QUE CONSTRUÍAM ESSAS E OUTROS TIPOS DE EMBARCAÇÕES EM MARES BAIANOS.

EMBARCAÇÃO TÍPICA DA BAHIA - PERUA

"A 'PERUA', a type of three-masted craft from the Bahia Recôncavo "which is frequently to be seen on the coast of Brazil. It plies between the smaller ports and the city of Bahia ...""Uma 'PERUA', um tipo de embarcação de três mastros do Recôncavo da Bahia, frequentemente avistado na costa do Brasil. Ele navega entre os portos menores e a cidade da Bahia..."

"Uma 'PERUA', uma espécie de embarcação de três mastros do Recôncavo baiano "que é frequentemente vista no litoral do Brasil. Ele navega entre os portos menores e a cidade da Bahia ...""Uma 'PERUA', um tipo de embarque de três mastros do Recôncavo da Bahia, frequentemente avistado na costa do Brasil. Ele navega entre os portos menores e a cidade da Bahia...""


Boats of Brazil

"This photo appeared in the 20 October, 1934 edition of The Sphere. "A sea-going lancha, a type of craft which is frequently to be seen on the coast of Brazil. It plies between the smaller ports and the city of Bahia, where its cargo, usually consisting of cocoa beans, is repacked and prepared for export. The sails are somewhat unwieldy and need five or six men to handle them during a voyage.".

"Esta foto foi publicada na edição de 20 de outubro de 1934 do The Sphere. "Uma lancha marítima, um tipo de embarcação frequentemente vista na costa do Brasil. Ela navega entre os portos menores e a cidade da Bahia, onde sua carga, geralmente composta de grãos de cacau, é reembalada e preparada para exportação. As velas são um tanto pesadas e exigem cinco ou seis homens para manuseá-las durante uma viagem."

CONHECI OS BARCOS TIPO PERUAS POR MEIO DE UM CROQUI DO LIVRO GRAMINHO - A ALMA DO SAVEIRO - LEV SMARCEVSKI, SENDO ESTA FOTO A PRIMEIRA QUE TIVE OPORTUNIDADE DE VER.

TÁBUA DO GRAMINHO
HÁ INDICAÇÃO DE QUANDO FOI PUBLICADA, 20 DE OUTUBRO DE 1934, MAS O LOCAL ONDE O BARCO SE ENCONTRAVA NO MOMENTO DO REGISTRO NÃO FOI INDICADO, O QUE SERIA RELEVANTE. PELO CENÁRIO, PARECE SER UM RIO OU UMA ENSEADA. DUAS TRADICIONAIS CANOAS DA BAHIA TAMBÉM ESTÃO PRESENTES.



A tábua que você vê acima é o graminho. Em seus riscos simples está a receita completa, com as medidas exatas, para quem vai construir o saveiro, tradicional barco baiano. Funcionou direitinho por quatro séculos, mas agora pode desaparecer.

por Airton De Grande


A maioria dos engenheiros navais não sabe o que fazer com o graminho. Na construção de barcos, usam plantas, projetos, computadores. Mas gente que nunca freqüentou universidade vem fabricando embarcações na Bahia há quatro séculos seguindo unicamente este pequeno pedaço de madeira. Nele estão as medidas essenciais do saveiro baiano, uma das marcas registradas do litoral brasileiro. Agora, porém, esse conhecimento popular está ameaçado de ir a pique. O velho saveiro e os artesãos que sabem construí-lo estão perdendo a corrida para os barcos modernos. Na defesa da tradição, o arquiteto baiano Lev Smarcevski, de 73 anos, foi pesquisar as origens do graminho. Descobriu que ele veio da Índia e que pode ter nascido na construção civil de 5 000 anos atrás. Preservá-lo é preservar a cultura.

O graminho do saveiro deve ter chegado ao Brasil no século XVI, na mala de um carpinteiro naval das colônias portuguesas de Goa ou Cochim. Na época, Salvador era parada obrigatória na rota Índia-Portugal. Com o instrumento, os imigrantes passaram a construir os barcos indianos lantxiar e lantxiara, que ficaram conhecidos como "lanxa" e "lanxão". O nome saveiro foi importado de Portugal. Lá, designava pesqueiros parecidos, que serviam para a captura do sávio, peixe da família do arenque. No Brasil há saveiros também no Rio de Janeiro e no Maranhão, mas eles são diferentes da versão baiana.

"As tábuas de medidas foram importantes para a preservação das linhas e da funcionalidade do saveiro", disse à SUPER o engenheiro naval Célio Taniguchi, diretor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Smarcevski concorda. É dele a hipótese de que o instrumento nasceu na construção civil da Mesopotâmia, cerca de 3 000 anos antes de Cristo. "É semelhante às tábuas dos construtores dos zigurates, feitas de barro." Zigurates eram templos de vários andares. As tábuas representavam as medidas do térreo e traziam uma escala de redução para os pisos superiores.

Na era do computador tudo isso pode parecer bobagem. Mas Smarcevski tem razão em recuperar parte dessa história. É triste deixar um conhecimento que se mostrou útil por milênios naufragar no esquecimento

Planta resumida

O graminho traz mais de trinta parâmetros
para a construção do saveiro. Conheça alguns.

https://www.geocities.ws/copia_a/500anos6.html


REPITO MAIS UMA VEZ NESTE ESCRITO, SOBRE A VERGONHOSA IMPORTÂNCIA QUE A MAIORIA DA SOCIEDADE BAIANA E ESFERAS GOVERNAMENTAIS DEDICAM A PRESERVAÇÃO DO LEGADO DOS HOMENS DO MAR DA BAHIA E SUAS EMBARCAÇÕES EM RELAÇÃO AOS ASPECTOS CIVILIZATÓRIOS DO NOSSO POVO. ESTAMOS AQUI, EM VIRTUDE DE, DURANTE MAIS DE V SÉCULOS, O TRANSPORTE DE PASSAGEIROS E CARGAS ENTRE A CIDADE SÃO SALVADOR, SEU RECÔNCAVO E AS CIDADES DO LITORAL SUL DO ESTADO ERAM REALIZADOS, PRINCIPALMENTE PELO MAR. TRISTE BAHIA, DO CARNAVAL, DO FUTEBOL, DA GLOBO, DO APARELHAMENTO IDEOLÓGICO.


JOSEMAR

ECONOMISTA - CORECON 2065

Nenhum comentário:

Postar um comentário