O COMPLEXO INDUSTRIAL DE CAMAÇARI, E OS DESAFIOS DA LOGÍSTICA
OS MESMOS DESAFIOS QUE DEVEM SER SUPERADOS PELA ECONOMIA BAIANA, VISANDO SOLUCIONAR OS GARGALOS LOGÍSTICOS SUFOCANTES DA SUA COMPETITIVIDADE ATINGEM DE FORMA PARTICULAR, O COMPLEXO INDUSTRIAL DE CAMAÇARI EM SUA DINÂMICA DE ROMPER BARREIRAS DO FUTURO.
EM RELAÇÃO AO MODAL MARÍTIMO, A ESTRUTURA EXISTENTE NO PORTO DE ARATU É PRATICAMENTE A MESMA HÁ MAIS DE DUAS DÉCADAS. O SEU TERMINAL DE GRANÉIS LÍQUIDOS – TGL – COM DOIS BERÇOS DE ATRACAÇÃO E O ANTIGO TERMINAL DE PRODUTOS GASOSOS – TPG -, APRESENTAM SINAIS VISÍVEIS DE SATURAÇÃO, COM FILAS DE NAVIOS ESPERANDO A VEZ DE ATRACAR, O QUE TEM GERADO PAGAMENTO DE “DEMOURRAGE“, VALOR COBRADO PELOS DIAS DE ESPERA DO NAVIO, POR VAGA NO CAIS, CUSTO ESSE QUE INDUZ A PERDA DE COMPETITITVIDADE.
HÁ NECESSIDADE DE UM TERCEIRO PÍER DE ATRACAÇÃO EM ARATU, PARA OPERAÇÕES COM GRANÉIS LÍQUIDOS, ATENDENDO, ASSIM, A DEMANDA REPRIMIDA. A PRÓPRIA BRASKEM REALIZOU INVESTIMENTOS NO TERMINAL DE GASOSOS, AMPLIANDO O PÁTIO DE TANCAGEM, REFORÇANDO AS ESTRUTURAS DO PÍER E DRAGANDO O LOCAL, INICIALMENTE PARA 12 METROS E ATUALMENTE COM A DRAGAGEM EFETUADA PELA CODEBA, A PROFUNDIDADE PASSOU PARA 15 METROS, PROFUNDIDADE ESTA, NÃO OPERACIONAL, POIS CARECE DE HOMOLOGAÇÃO POR PARTE DA CAPITANIA DOS PORTOS, QUE É O ÓRGÃO COMPETENTE PARA ESSES PROCEDIMENTOS. A DRAGAGEM DO TERMINAL PERMITE A ATRACAÇÃO DE NAVIOS DE MAIOR PORTE E ASSIM BARGANHAR FRETES MENORES, EM VIRTUDE DOS GANHOS DE ESCALA, DIMINUINDO O CUSTO LOGÍSTICO.
PORTO DE ARATU
PORTO DE ARATU
COM OS INVESTIMENTOS NO PORTO DE ARATU, A BRASKEM AMPLIOU O SEU MIX DE FORNECEDORES DE NAFTA, MATÉRIA-PRIMA UTILIZADA PELA SUA CENTRAL DE PRODUTOS BÁSICOS OU SEJA, DE ACORDO COM AS CONVINIÊNCIAS DE MERCADO, ELA PODE ADQUIRIR O PRODUTO NAS MÃOS DA PETROBRÁS OU DO EXTERIOR.
NA ÁREA DE GRANÉIS SÓLIDOS A SITUAÇÃO É MAIS CRÍTICA, POIS O TEMPO DE ESPERA PARA ATRACAÇÃO É BEM MAIOR. HÁ CASOS, NO AUGE DAS IMPORTAÇÕES DE FERTILIZANTES, QUE VAI DE JUNHO A OUTUBRO, DE NAVIOS ESPERAREM MAIS DE 20 DIAS PARA COMEÇAREM A DESCARREGAR. PARA ESSE TIPO DE CARGA, TAMBÉM É URGENTE A NECESSIDADE DE MAIS UM PÍER, QUE SE JUNTARIA AOS DOIS EXISTENTES, QUE SOMAM TRÊS BERÇOS DE ATRACAÇÃO, ALÉM DA MODERNIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS EXISTENTES, AUMENTANDO A CADÊNCIA DAS OPERAÇÕES PORTUÁRIAS. A SITUAÇÃO É TÃO CRÍTICA QUE A UTILIZAÇÃO DE MAIS DE 90% DO TEMPO ÚTIL DO TERMINAL GERA MAIOR FADIGA NOS EQUIPAMENTOS, DIFICULTANDO AS PRÓPRIAS PARADAS PARA MANUTENÇÃO.
EM RELAÇÃO ÀS CARGAS ACONDICIONADAS EM CONTAINERS, MOVIMENTADAS PELO PORTO DE SALVADOR, O CENÁRIO DE ESTRANGULAMENTO LOGÍSTICO NÃO É MUITO DIFERENTE. O ADITIVO DO CONTRATO COM O TECON, TROUXE NOVO FÔLEGO, POIS SE AMPLIOU O PÁTIO DE ARMAZENAGEM , E A PROFUNDIDADE DA BACIA DE EVOLUÇÃO, PARA 15 METROS, INVESTIMENTO ESTE, REALIZADO PELA CODEBA. AO LARGO DO CAIS, O TECON REFORÇA AS ESTRUTURAS, PARA DRAGAR, TAMBÉM, PARA 15 METROS. É BOM DESTACAR O “JOINT VENTURE“ ENTRE O TECON A INTERMARÍTIMA, OUTRA OPERADORA PORTUÁRIA.
TECON PORTO DE SALVADOR
http://osvaldocampos.blogspot.com/2010/09/porto-de-salvador-uma-nova-etapa.html
TECON PORTO DE SALVADOR
http://osvaldocampos.blogspot.com/2010/09/porto-de-salvador-uma-nova-etapa.html
SÃO GANHOS, MAS A SOLUÇÃO PARA SALVADOR SE LOCALIZA NA DENOMINADA “PONTA NORTE”, LOCAL ADEQUADO PARA SE INVESTIR EM UM NOVO TERMINAL DE CONTAINER, COM PROFUNDIDADE E RETROTERRA SUFICIENTES PARA RECLASSIFICAR NOSSO PORTO DE FEEDER PARA HUB, OU SEJA, DE ALIMENTADOR PARA CONCENTRADOR. É UMA SOBREVIDA QUE SALVADOR POSSUI, A PARTIR DAI, É DESLOCAR ESSAS OPERAÇÕES PARA ARATU.
O ENIGMA QUE DEVE SER DECIFRADO, SE TRADUZ, PELA UNIÃO NÃO TER FEITO NADA OU QUASE NADA NO SENTIDO DE ALOCAR VERBAS OU PERMITIR A ENTRADA E CAPITAL PRIVADO NUMA OBRA TÃO ESTRATÉGICA PARA O FUTURO ECONÔMICO DA BAHIA. ENQUANTO ISSO, SUAPE RECEBE RECURSOS FEDERAIS A FUNDO PERDIDO, O QUE NÃO DEIXA DE SER MUITO ESTRANHO. AFINAL DE CONTAS, SOMOS A MAIOR ECONOMIA DO NORDESTE E A SEXTA DO BRASIL.
A CONSTRUÇÃO DA VIA EXPRESSA, CUJO PROJETO, ENTRE OUTRAS VERTENTES, É VOLTADO PARA EXPURGAR O TRÁFEGO PORTUÁRIO DAS VIAS URBANAS ADJACENTES AO PORTO DE SALVADOR, É DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA DAR SUPORTE AO INCREMENTO DE VEÍCULOS PESADOS QUE ADVIRÁ COM A AMPLIAÇÃO DO PORTO DA CAPITAL.
O GOVERNO BAIANO PRETENDE INESTIR EM UM COMPLEXO INDUSTRIAL E PORTUÁRIO NO SUL DO ESTADO, O QUE É SALUTAR, SÓ QUE, UM INVESTIMENTO DESSE PORTE LEVA TEMPO PARA SE MATURAR, PRINCIPALMENTE PELA CAPTAÇÃO DE RECURSOS PARA VIABILIZÁ-LO. OS GARGALOS DE NOSSA ECONOMIA SÃO ATUAIS E SUFOCA NOSSA COMPETITIVIDADE.
OS PLANEJADORES DO ESTADO DEVEM PRIORIZAR O COMPLEXO PORTUÁRIO NA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, ONDE EXISTE UMA SIGNIFICATIVA INFRA-ESTRUTURA JÁ MONTADA, À ESPERA DE AMPLIAÇÃO E MODERNIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS. É O CASO DO TECON DE SALVADOR, PORTO DE ARATU E A BAÍA DO MESMO NOME. NO PRETENDIDO PORTO SUL AS OBRAS SERÃO OFF SHORE , EM MAR ABERTO, O QUE DEMANDARÁ MAIOR QUANTIDADE DE RECURSOS E TEMPO. NA BAÍA DE TODOS OS SANTOS O ESPELHO D’ÁGUA É ABRIGADO, COM PROFUNDIDADES IDEAIS PARA O TRÂNSITO DE GRANDES NAVIOS NOS CANAIS DE ACESSO AS UNIDADES PORTUÁRIAS LÁ EXISTENTES.
O PORTO SUL, É NECESSÁRIO, NO LONGO PRAZO. PARA NÃO SE TRANSFORMAR NUMA OBRA POLÍTICA, E SIM NUM PROJETO COM VIABILIDADE ECONÔMICA, TEM QUE TER DEMANDA, COM O TEMPO, QUE JUSTIFIQUE SUA EXECUÇÃO, UMA MINA COM MINÉRIO DE FERRO COM TEORES DE MENOS 40%, NÃO DÁ SUPORTE, TRAGA ESSE MINÉRIO PARA SER EMBARCADO EM ARATU, ONDE EXISTE UMA ESTRUTURA OPERACIONAL JÁ MONTADA. A CIÊNCIA ECONÔMICA É O ESFORÇO PARA COMPATIBILIZAR NECESSIDADES ILIMITADAS COM RECURSOS ESCASSOS, COMO NÃO TEMOS DINHEIRO PARA TUDO, AS PRIORIDADES, VERDADEIRAS DEVEM SER ATENDIDAS PRIMEIRO, SALVADOR E ARATU SÃO ESSAS PRIORIDADES.
A LIBERAÇÃO DOS ARMAZÉNS 1 E 2 DO PORTO DA CAPITAL, PARA IMPLANTAR UM COMPLEXO TURÍSTICO NÁUTICO, É UMA OBRA IMPORTANTE PARA O ESTADO, DEVENDO SER REALIZADA, MAS A QUANTIDADE DE EMPREGO SERÁ DIRECIONADA A ÁREA DE SERVIÇOS, ENQUANTO O NOVO TERMINAL DE CONTAINER, QUE SERÁ INSTALADO NA “PONTA NORTE” , FAVORECERÁ A MANUTENÇÃO E A CRIAÇÃO DE MILHARES DE EMPREGOS EM DIVERSOS SEGMENTOS DA ECONOMIA BAIANA, ALÉM DISSO, VAMOS PERDER 2 BERÇOS EM TROCA DE NENHUM.
POR QUE A SECRETARIA ESPECIAL DE PORTOS NÃO FOI TÃO TEMPESTIVA EM LIBERAR RECURSOS PARA AMPLIAÇÃO DA “PONTA NORTE “ EM SALVADOR ? TALVEZ PORQUE, SUAPE, QUE NÃO CONSEGUIRIA SOBREVIVER SEM INJEÇÃO DE DINHEIRO FEDERAL ,TEME A CONCORRÊNCIA DE UM GRANDE TERMINAL DE CONTEINER, AUTO SUSTENTÁVEL PELA LEIS DE MERCADO, NA BAHIA. SUAPE É UMA INVENÇÃO POLÍTICA.
O MODAL FERROVIÁRIO, APÓS AS PRIVATIZAÇÕES NO SETOR, TEM OFERECIDO SERVIÇOS REGULARES LIGANDO CAMAÇARI A PAULÍNIA – SP , COM FREQUÊNCIA DE 7 OU MAIS VIAGENS SEMANAIS , ATENDENDO A DIVERSOS CLIENTES DO PÓLO INDUSTRIAL DE CAMAÇARI, ENTRE ELES A MONTADORA FORD . A FCA – FERROVIA CENTRO ATLÂNTICO - , QUE OPERA ESSE TRECHO , TEVE SEU CONTROLE ACIONÁRIO ADQUIRIDO PELA COMPANHIA VALE DO RIO DOCE , EM 2003, COM AUTORIZAÇÃO DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRE – ANTT - , O QUE FAVORECEU A INTEGRAÇÃO COM OUTROS MODAIS DE TRANSPORTES , PERMITINDO AOS SEUS CLIENTES DIVERSAS SOLUÇOES LOGÍSTICAS.
A EXEMPLO DOS PORTOS, AS FERROVIAS ENFRENTAM GARGALOS EM NOSSO TERRITÓRIO, É O QUE ACONTECE COM A PONTE DOM PEDRO II , LIGANDO A CIDADE DE CACHOEIRA E SÃO FÉLIX, NO RECÔNCAVO BAIANO . ESSA CONSTRUÇÃO DE QUASE 200 ANOS NÃO SE ENCONTRA APTA A ATENDER ÀS COMPOSIÇÕES DE TRENS MODERNOS , O QUE ACARRETA UM MAIOR “TRANSIT TIME ” DAS VIAGENS.
NO CONTEXTO RODOVIÁRIO , A BA – 535 , DENOMINADA VIA PARAFUSO , CRISTALIZA O GRANDE ENTRAVE À CIRCULAÇÃO VEÍCULOS NA ÁREA DO PÓLO INDUSTRIAL DE CAMAÇARI . ESSA VIA, COM EXTENSÃO DE 19,8 KM DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA A PRINCIPAL CONCENTRAÇÃO INDUSTRIAL DA BAHIA, NÃO SOFREU, PRINCIPALMENTE, EM QUASE 34 DE ANOS DE EXISTÊNCIA, NENHUM MELHORAMENTO ESTRUTURAL, ENQUANTO O TRÁFEGO POR ELA ATENDIDO TEM CRESCIDO AO LONGO DO TEMPO, EM PROPORÇÕES GEOMÉTRICAS.
A SUA DUPLICAÇÃO PROPORCIONARIA UMA EFICIÊNCIA E INTEGRAÇÃO DOS DIVERSOS MODAIS DE TRANSPORTES, DIMINUINDO O SUFOCO LOGÍSTICO PARA AS EMPRESAS LOCALIZADAS NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO PÓLO.
A CENTRAL DE MATÉRIA PRIMA DO PÓLO PETROQUÍMICO, NESSE PERÍODO, PRATICAMENTE QUADRUPLICOU SUA CAPACIDADE DE PRODUTOS BÁSICOS, PASSANDO DE 350.000 T PARA 1.300.000 T. JUNTO A ISSO, NOVAS INDÚSTRIAS SE INSTALARAM NA REGIÃO, A EXEMPLO DA MONTADORA DE AUTOMÓVEIS FORD, FÁBRICAS DE PNEUS, MISTURADORAS DE FERTILIZANTES ETC.
JOSEMAR SOUZA SANTOS
Nenhum comentário:
Postar um comentário