NO NOSSO PAÍS ONDE É COMPLICADO ENCONTRAR ALGO QUE NÃO GERE ANACRONISMO, FICAMOS SATISFEITO COM O ARTIGO ABAIXO, RETIRADO DO SITE "PODER NAVAL", ONDE SE RATIFICA A ECONOMIA DE TRANSPORTE DA NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM EM RELAÇÃO AO RODOVIÁRIO.
O QUE DEVEMOS FICAR EM ALERTA É COM A CAPACIDADE DOS PORTOS BAIANOS ATENDEREM COM EFICIÊNCIA ESSA NOVA DEMANDA LOGÍSTICA, QUE SE CONSOLIDA NO CENÁRIO NACIONAL.
OUTRO DETALHE ESTRATÉGICO É A CONSTRUÇÃO IMEDIATA DO SEGUNDO TERMINAL DE CONTÊINER DO PORTO DE SALVADOR, PROJETO MAIS PRIORITÁRIO DO QUE O PORTO QUE SE PRETENDE CONSTRUIR NO SUL DA BAHIA, DENOMINADO "PORTO SUL".
MESMO O TECON, ESTANDO EQUIPADO PARA ATENDER A DEMANDA ATUAL DE CARGA CONTEINERIZADA NA BAHIA, EM VIRTUDE DA INCORPORAÇÃO DE ÁREAS, EQUIPAMENTOS E DRAGAGEM DOS BERÇOS, É INTELIGENTE PREPARARMOS O PORTO DE SALVADOR PARA NOVOS PASSOS, E NÃO ESPERARMOS A DEMANDA SURGIR PARA NOS PREPARARMOS.
ATÉ A PRÓXIMA
JOSEMAR
JOSEMAR
Consumo troca caminhão por cabotagem
23 de março de 2012,
em Marinha Mercante,
por Galante
Navegar é preciso. Fabricantes de bens de consumo como eletroeletrônicos, alimentos e bebidas, higiene
e transporte estão dando um novo sentido ao poema de Fernando Pessoa.
LG Electronics, Unilever e Caloi fazem parte do grupo de companhias que
vêm ampliando o uso da cabotagem, a navegação na costa brasileira, como
alternativa ao caminhão, para fazer a distribuição de produtos entre
diferentes regiões do país.
Custo de frete cerca de 25% menor, em média, do que o modal
rodoviário, integridade da carga e redução das emissões de gás carbônico
estão entre as vantagens de se usar o barco. Mas o caminhão continua a ser mais rápido e flexível, na coleta da carga, do que o navio.
A LG Electronics aposta na cabotagem por considerar o modal
mais seguro e competitivo, em preço, do que o transporte rodoviário, diz
Emanuela Almeida, gerente de logística da LG. A empresa transporta, em barcos,
na rota Manaus-São Paulo, 90% de sua linha de áudio e vídeo, como tevês
de LCD e LED e aparelhos de DVD, além de ar-condicionado.
A operação inclui a transferência de produtos da fábrica de Manaus para os centros de distribuição em Pernambuco e São Paulo.
A LG também contrata serviços de empresas de navegação como Log-In e
Aliança para entregar a grandes clientes como Casas Bahia, Fast Shop e
Ponto Frio.
Fonte do setor disse que um frete de caminhão, carregado com
eletroeletrônicos entre Manaus e São Paulo, fica em R$ 90 por metro
cúbico. Na cabotagem, no mesmo trecho, o preço é de R$ 76 por metro
cúbico, uma redução de 15%.
Mas a diferença de preço pode chegar a 40% dependendo do
volume e da relação com o cliente, diz Fábio Siccherino, diretor
comercial da Log-In, que opera com cinco navios na cabotagem.
A concorrência entre as empresas de navegação aumenta no setor, que é
liderado pela Aliança Navegação e Logística. A empresa tem dois
serviços de cabotagem, cada um com quatro navios.
A Unilever, uma das empresas que mais movimentam produtos de consumo
no Brasil, incorporou o uso de barcos pela costa brasileira como forma
de cortar a emissão de gases de efeito estufa. A iniciativa se insere no
plano global de sustentabilidade da companhia, que tem como meta
reduzir as emissões de CO2 em até 40% até 2020. “A cabotagem emite 90%
menos CO2 do que o modal rodoviário”, diz Fernando Ferreira, diretor de
qualidade e sustentabilidade da cadeia de suprimento da Unilever.
A empresa utiliza a cabotagem para fazer o transporte entre seus
centros de distribuição e os clientes, mas também estuda valer-se de
barcos entre as fábricas e os centros de distribuição.
O caminhão ainda responde por 97% de todo o transporte da
Unilever e, embora a participação da cabotagem seja de apenas 3%, a
tendência é de crescimento. A principal rota para barcos usada pela
empresa é a de São Paulo para o Nordeste.
Caetano Ferraiolo, diretor de operações da Caloi, disse que a empresa
usa navios sempre que a data de entrega das bicicletas permite. Hoje o
modal representa 35% das entregas da Caloi, percentual que, em 2010, era
de 10%. Preço e integridade do material contam na escolha da empresa
que, no primeiro semestre transporta, em média, via barcos, 30 a 40
contêineres cheios de bicicletas por mês. No segundo semestre, o número
aumenta para 100 contêineres por mês.
Entre os usuários, há consenso de que os problemas de infraestrutura
nos portos ainda são uma barreira para um maior crescimento da
cabotagem. A indústria de consumo costuma ter exigências para atender
aos clientes em prazos curtos.
“O varejo trabalha com estoque baixo, daí a importância da
pontualidade. Não ser pontual pode significar perda de espaço nas
gôndolas”, diz Ferreira, da Unilever. O problema tende a ser menor nas
redes de varejo e no atacado, que oferecem margem maior aos fabricantes
na entrega das mercadorias.
FONTE: Valor Econômico/Por Francisco Góes | Do Rio, via Portos e Navios / FOTO: Bruno Pricoli
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