ESCREVO ESTE ARTIGO COM FELICIDADE INDOMÁVEL E RESILIÊNCIA, PELO DEVER CUMPRIDO EM OUTROS ESCRITOS, RELATANDO A IMPORTÂNCIA PARA A ECONOMIA BAIANA, EM SE AMPLIAR O TERMINAL DE CONTÊINERES DO PORTO DE SALVADOR, A "PONTA NORTE". MAIS DE 15 ANOS SE PASSARAM, UMA DELONGA INJUSTIFICÁVEL QUE DEIXA SEQUELAS DE ATRASO PARA A COMPETITIVIDADE DE NOSSAS TROCAS COMERCIAIS. MAS COMO TRADUZ O DITADO POPULAR - "ANTES TARDE DO QUE NUNCA".
SEM PRETENSÕES ACADÊMICAS,
RELATAREI UMA SEQUÊNCIA CRONOLÓGICA DE FATOS QUE FIZERAM PARTE DA VIDA
ECONÔMICA DA BAHIA DO INÍCIO DO SÉCULO XIX ATÉ O PRESENTE, PARA TENTARMOS
ELUCIDAR O APAGÃO DE ATITUDES E AÇÕES DE POLÍTICA ECONÔMICA QUE TANTO ATRASAM O
AVANÇO DA COMPETITIVIDADE DA ECONOMIA BAIANA E SUA PROJEÇÃO A NÍVEL GLOBAL,
JUNTO A UM FUNESTO PROCESSO DE DESINDUSTRIALIZAÇÃO QUE TAMBÉM AVANÇA
PERVERSAMENTE SOBRE NOSSO FUTURO ESTRATÉGICO.
NO SÉCULO XIX INICIOU-SE O
ESVAZIAMENTO DA ECONOMIA BAIANA, COM O DINAMISMO SE DIRECIONANDO PARA O SUDESTE
POR DIVERSAS RAZÕES HISTÓRICAS.
OS PORTUGUESES CHEGARAM, NO
PRIMEIRO MOMENTO, EM TERRAS BAIANAS E DURANTE MAIS DE 04 SÉCULOS TUDO ACONTECEU POR AQUI, EM VIRTUDE DOS RECURSOS NATURAIS E LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA.
NOS IDOS DE 1500 O PODERIO
GEOPOLÍTICO E MILITAR PERTENCIA AOS POVOS QUE DOMINAVAM OS OCEANOS, PELA
QUANTIDADE E QUALIDADE DOS NAVIOS ASSOCIADO A PRONTIDÃO DE SUAS TRIPULAÇÕES.
PORTUGAL VISUALIZOU LOGO NO
INÍCIO O QUANTO ERA ESTRATÉGICO TER O DOMÍNIO DE UM ACIDENTE GEOGRÁFICO DO
PORTE E LOCALIZAÇÃO COM AS CARACTERÍSTICAS DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS. OS
MESMOS A DENOMINARAM DE GOLFO, PELA SUA GRANDIOSA DIMENSÃO.
AQUI ENCONTRARAM ÁGUAS ABRIGADAS,
COM PROFUNDIDADES ADEQUADAS, PERMITINDO A NAVEGAÇÃO POR DIVERSOS RIOS QUE
CONTRIBUÍRAM PARA A EXPLORAÇÃO DE SUAS ENTRANHAS, PELA NAVEGABILIDADE DE SEUS
CURSOS E TERRAS AGRICULTÁVEIS, FECHAVAM ESTE LEQUE.
AGREGA A ESTES FATOS ANTERIORES,
A RIQUEZA DA FLORESTA TROPICAL, PELA SUA DIVERSIDADE DE MADEIRAS APROPRIADAS A
CONSTRUÇÃO NAVAL E REFORMAS DE
EMBARCAÇÕES.
A BAHIA FOI SE DESTACANDO NO
CENÁRIO GLOBAL PELAS FACILIDADES PORTUÁRIAS E EXPORTAÇÃO DE ESPECIARIAS. AS EMBARCAÇÕES QUE DEMANDAVAM AO SUL DA
ÁFRICA, CABO DA BOA ESPERANÇA, OU AO PACÍFICO VIA CABO HORN, ESCALAVAM NO PORTO
DE SALVADOR EM VIRTUDE DOS REGIMES DE VENTOS, QUE FAVORECIAM A NAVEGAÇÃO.
EM NOSSO PORTO, AS TRIPULAÇÕES
DESCANSAVAM, REALIZAVAM REFORMAS NAS EMBARCAÇÕES, O PORTO DA BAHIA, COMO ERA
DENOMINADO À ÉPOCA, ESTAVA SEMPRE COALHADO DE NAVIOS, SENDO O MAIS IMPORTANTE
ANCORADOURO NO HEMISFÉRIO SUL DURANTE GRANDE PARTE DO SÉCULO XIX.
FOTO SIGNIFICATIVA E EXTRAORDINÁRIA DE 1873, COM UMA VISÃO DO BAIRRO DO COMÉRCIO COM SEUS CASARÕES COLONIAIS E O ANCORADOURO DE SALVADOR, A ESSA ÉPOCA NÃO TÍNHAMOS UM PORTO ORGANIZADO!! É ADMIRÁVEL A VISÃO DE DEZENAS DE NAVIOS VELEIROS, TANTO DE LONGO CURSO, COMO DE NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM E DE ÁGUAS INTERIORES DE NOSSA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, O QUE DEMONSTRA A IMPORTÂNCIA DO NOSSO PORTO NO COMÉRCIO GLOBAL. QUE ATÉ O SÉCULO XIX ERA CONSIDERADO O MAIOR DO HEMISFÉRIO SUL!!!! ESTA FOTO É RESULTADO DA EXPEDIÇÃO BRITÂNICA REALIZADA PELO NAVIO HMS CHALLENGER, HOJE PERTENCENTE AO ACERVO DO NATURAL HISTORY MUSEUM!!!!
EXEMPLIFICANDO A PROJEÇÃO DA
CIDADE DE SÃO SALVADOR E SEU RECÔNCAVO, PODEMOS CITAR O PRIMEIRO USO DO VAPOR
PARA PROPULSÃO DE EMBARCAÇÕES NO BRASIL PELA COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO BAHIANA, O
ARSENAL DE MARINHA DA BAHIA ERA O MAIOR ESTALEIRO ABAIXO DA LINHA DO EQUADOR,
ATÉ A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX, INCLUSIVE SENDO AQUI CONSTRUÍDOS NAVIOS DE
GUERRA PARA PAÍSES EUROPEUS, PRIMEIRA
OBRA DE ENGENHARIA HIDRÁULICA DO PAÍS FOI EDIFICADA PELOS JESUÍTAS NA ILHA DE
ITAPARICA, A PESCA DA BALEIA, INICIADA NOS IDOS DE 1602, PARA EXTRAÇÃO DE ÓLEO,
DESDE A SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX AO INÍCIO DO SÉCULO XX FOI A PRINCIPAL
ATIVIDADE ECONÔMICA DA BAHIA, NOSSOS ENGENHOS POVOARAM O RECÔNCAVO BAIANO,
FORNECENDO AÇÚCAR PARA O MERCADO INTERNACIONAL.
NAVIO "ITAPARICA" APORTANDO NA CIDADE DO MESMO NOME. ESSA EMBARCAÇÃO JUNTO A SEU IRMÃO "MARAGOGIPE" FORAM AS ÚLTIMAS UNIDADES, COMPRADAS NA ALEMANHA, PELA COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO BAHIANA, NO INÍCIO DA DÉCADA DE 1960, ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA "FERRY BOAT".A BAHIA ERA UMA REFERÊNCIA PARA
COLÔNIA PORTUGUESA. CENÁRIO QUE FOI SE ALTERANDO EM CONSEQUÊNCIA DA MUDANÇA DA
CAPITAL COLONIAL DE SALVADOR PARA O RIO DE JANEIRO EM 1763, JUNTO AO CICLO DE
OURO. ASSIM, INICIA-SE O ESVAZIAMENTO
ECONÔMICO DA BAHIA.
É IMPORTANTE FRISAR QUE, O CACAU
SE APRESENTAVA EM PRATICAMENTE TODO O SÉCULO XX COMO UMA ATIVIDADE ECONÔMICA
RELEVANTE NO SUL DO ESTADO, GERANDO RIQUEZAS, ALÉM DO COMPLEXO FUMAGEIRO NO
RECÔNCAVO, LASTREADO COM CAPITAL ALEMÃO. O AUGE E DECLÍNIO DESSAS
"COMMODITIES", SERÁ TRATADO EM OUTRO ARTIGO.
A DESCOBERTA DE PETRÓLEO NO ANO
DE 1939, NA LOCALIDADE DO LOBATO, CONFIGUROU-SE UM NOVO CICLO PARA ECONOMIA
BAIANA, QUE TEVE CONTINUIDADE COM A CONSTRUÇÃO DA REFINARIA LANDULPHO ALVES EM
SETEMBRO DE 1950 NO RECÔNCAVO BAIANO. UMA REFINARIA DE PETRÓLEO REPRESENTA UMA
INDÚSTRIA DE BASE, SENDO MULTIPLICADORA DE INVESTIMENTOS E FORNECEDORA DE
INSUMOS PRIMÁRIOS PARA TODA CADEIA PRODUTIVA DE PRODUTOS QUÍMICOS E
PETROQUÍMICOS.
NA ESTEIRA DA REFINARIA DE
MATARIPE, COMO É CONHECIDA, SURGIU O TEMADRE - TERMINAL MARÍTIMO DE MADRE DE
DEUS, O QUE POTENCIALIZOU UM NOVO NICHO PARA EXPLORAÇÃO LOGÍSTICA NA BAÍA DE
TODOS OS SANTOS.
NO FINAL DA DÉCADA DE 1960
DEVE-SE RESSALTAR A PRIMEIRA INICIATIVA DE INSTALAÇÃO DE UM CENTRO INDUSTRIAL
COM RAÍZES NO PLANEJAMENTO, O CIA - CENTRO INDUSTRIAL DE ARATU, MAS COM VIDA
CURTA, POIS NÃO SE PENSOU NA INTEGRAÇÃO DE SUAS EMPRESAS. EM MEADOS DE 60 PARA
70 DO SÉCULO XX, NOVOS VENTOS SE INICIAM COM INSTALAÇÃO DE EMPRESAS DO
SETOR SIDERÚRGICO, A FERBASA E SIBRA,
PROCESSADORAS DE FERRO LIGAS E USIBA- USINA SIDERÚRGICA DA BAHIA, MARCO
PARA ESTADO, POR SER A ÚNICA SIDERÚRGICA
DO NORDESTE, A PRIMEIRA A UTILIZAR GÁS DE PETRÓLEO EM SUA OPERAÇÃO, NO PROCESSO
DE REDUÇÃO DIRETA. ALCAN - ALUMÍNIO E CARAÍBAS METAIS - CONCENTRADO DE COBRE.
COM AS VANTAGENS COMPETITIVAS E
COMPARATIVAS ADVINDAS DA EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO E DA PRESENÇA DA REFINARIA DE
MATARIPE, A BAHIA OBTEVE UMA VITÓRIA POLÍTICA JUNTO AO GOVERNO FEDERAL, ONDE
CONSEGUIU ATRAIR A INSTALAÇÃO DE UM POLO PETROQUÍMICO. O PRIMEIRO CENTRO
PETROQUÍMICO INTEGRADO DO HEMISFÉRIO SUL, SUPERANDO AS PRETENSÕES DO ESTADO DE
SÃO PAULO QUE ALMEJAVA EXPANDIR O MESMO EM DETRIMENTO DA CRIAÇÃO DE UM NOVO. A
VISÃO ESTRATÉGICA DE DESCENTRALIZAÇÃO INDUSTRIAL DO SUDESTE PARA OUTRAS REGIÕES
DO PAÍS, TAMBÉM FOI FATOR DECISIVO.
O COPEC – COMPLEXO PETROQUÍMICO
DE CAMAÇARI FOI A SEGUNDA E MAIS IMPORTANTE ONDA DO PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO DO
SETOR SECUNDÁRIO DO NOSSO ESTADO, COMO PRODUTOR DE BENS INTERMEDIÁRIOS.
POR FIM, NA DÉCADA DE 90, DEPOIS
DE OUTRA INTENSA LUTA POLÍTICA O GOVERNADOR DA ÉPOCA CONSEGUIU TRAZER A FÁBRICA
DA FORD PARA SER INSTALADA EM CAMAÇARI. A BAHIA INGRESSAVA NO RESTRITO CLUBE DE
PRODUTOR DE BENS FINAIS, CUJA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA SIMBOLIZA A EXPRESSÃO
MÁXIMA.
A PARTIR DE 2007, O GOVERNO DO
ESTADO PERTENCIA AO MESMO GRUPO POLITICO DO PRESIDENTE DO PAÍS, NA PERSPECTIVA
DO NOSSO DISCERNIMENTO, COMEÇA NESSE MOMENTO A PERDA DE POSIÇÕES RELATIVAS NO
ESPECTRO DO PIB NORDESTINO E NACIONAL, OU SEJA, UMA SITUAÇÃO POLÍTICA QUE
APARENTAVA SER FAVORÁVEL A BAHIA, SE MOSTROU UM CAMINHO INVERSO.
ESTE CENÁRIO SE MATERIALIZA COM A
DISPUTA PELA FÁBRICA DE POLÍMERO VERDE DO GRUPO BRASKEM. DENTRE AS OPÇÕES,
ENCONTRAVA-SE A BAHIA COM SEU POLO PETROQUÍMICO DE CAMAÇARI E OS GAÚCHOS COM O
POLO DE TRIUNFO. AS APOSTAS DO MERCADO
ERAM FAVORÁVEIS PARA O NOSSO COMPLEXO PETROQUÍMICO, NÃO SÓ PELA DIVERSIDADE E
COMPLEMENTARIEDADE DE SUAS UNIDADES PRODUTIVAS, EM RELAÇÃO A TRIUNFO, COMO
TAMBÉM A BAHIA ERA POSSUIDORA DE LAVOURAS DE CANA DE AÇÚCAR, O RIO GRANDE DO
SUL, NÃO. A CONQUISTA FICOU COM OS GAÚCHOS.
NESSE MESMO PRETÉRITO O NOSSO
ESTADO NECESSITAVA DE INVESTIMENTOS PÚBLICOS PARA AMPLIAÇÃO DOS PORTOS DE
SALVADOR - A "PONTA NORTE" E DE ARATU QUE TINHA CONGESTIONAMENTOS
CRÔNICOS, MAS, POR OUTRO LADO AS VERBAS FEDERAIS FORAM DIRECIONADAS PARA O
PORTO DE SUAPE, PECÉM E RIO GRANDE, ESTE ÚLTIMO PARECIA UMA VINGANÇA PELA PERDA
DA FORD, QUE CULMINOU COM A NÃO REELEIÇÃO
DO GOVERNO PROTAGONISTA DO FATO.
SALVADOR ERA O ÚNICO PORTO A
MOVIMENTAR CONTÊINERES NO NORDESTE, DEPOIS DO BOOM DE INVESTIMENTOS EM SUAPE,
ESSE PORTO NOS ULTRAPASSOU NESTE TIPO DE
CARGA, PRINCIPALMENTE EM VIRTUDE DOS TRANSBORDOS, NAVIOS DE LONGO CURSO TRAZEM MERCADORIAS DE
IMPORTAÇÃO, DESCARREGAM, E ESSES CONTÊINERES SÃO CARREGADOS EM NAVIOS COM MENOR
DESLOCAMENTO E CONSEQUENTEMENTE COM MENOR CALADO, QUE PODEM SER OPERADOS EM
PORTOS COM PROFUNDIDADE RESTRITA, A EXEMPLO
DE MANAUS E OUTROS DA REGIÃO NORTE.
PERNAMBUCO, MAIS UMA VEZ GANHANDO
ESPAÇO NO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM RELAÇÃO À BAHIA, BUSCOU O CD - CONCEITO
DE CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO, AS MERCADORIAS CHEGAM DOS CENTROS PRODUTORES DO
SUDESTE E SUL DO PAÍS, SENDO CONCENTRADAS NO PORTO DE SUAPE, EM SEGUIDA SÃO
DISTRIBUÍDAS NOS ESTADOS DA REGIÃO, GANHAM COM RECEITAS LOGÍSTICAS, POSTOS DE
TRABALHO E IMPOSTOS. ISTO EXPLICA POR QUE MUITOS NAVIOS DE CONTÊINERES VINDO DO
EXTERIOR TEM SUAPE COMO PRIMEIRO TERMINAL A SER TOCADO E NÃO O TECON SALVADOR.
É JUSTO AFIRMAR QUE, NA NAVEGAÇÃO DE LONGO CURSO, SENTIDO EXPORTAÇÃO O TECON
SALVADOR É LÍDER ABSOLUTO, O QUE REFLETE AINDA A MAGNITUDE E DIVERSIFICAÇÃO DA
NOSSA ECONOMIA.
ENQUANTO CEARÁ E PERNAMBUCO AVANÇARAM
A PARTIR DE 2003, A BAHIA RETROAGE. NESSE INTERREGNO AO INVÉS DA AMPLIAÇÃO DA
REFINARIA LANDULPHO ALVES, OS INVESTIMENTOS FORAM DESTINADOS PARA A IMPLANTAÇÃO
DA ABREU DE LIMA, ENQUANTO A USIBA CERRA SUAS PORTAS, O CEARÁ CRIA SEU PARQUE
SIDERÚRGICO.
EM MAIS UMA CONTENDA NA BUSCA POR
INVESTIMENTOS, TENTAMOS ATRAIR A MONTADORA JEEP, MAS A MESMA FOI INSTALADA EM
PERNAMBUCO. O ESTALEIRO ENSEADA DO PARAGUAÇU FOI ERIGIDO NA BAÍA DE TODOS OS
SANTOS, APÓS PERNAMBUCO JÁ CONTAR COM 3 ESTALEIROS, INCLUSIVE CONSTRUIU
DIVERSOS NAVIOS SUEZMAX PARA TRANSPETRO, HOJE DOCA NAVIOS E O NOSSO CONTINUA
FECHADO.
A NOVELIS ANTIGA ALCAN ENCERROU
SUAS ATIVIDADES, A NITROFERTIL, A SIBRA, A FORD IDEM, O PARQUE QUÍMICO DA DOW
REDUZIU SUAS UNIDADES PRODUTIVAS. APENAS CITANDO AS EMPRESAS ESTRUTURANTES E
MAIS SIGNIFICATIVAS.
PASMEM QUE, SALVADOR TENDO O
TURISMO COMO ATIVIDADE DA MAIS IMPORTANTE NA GERAÇÃO DE EMPREGOS EM HOTÉIS,
TRANSPORTES, ALIMENTAÇÃO, RECEPTIVOS, FICOU SEM CENTRO DE CONVENÇÕES DURANTE UM
LONGO PERÍODO, É INACEITÁVEL.
A ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER COM
DIVERSAS VANTAGENS COMPETITIVAS, A EXEMPLO DE CLIMA PROPÍCIO A NAVEGAÇÃO A
VELA, ASSOCIADA A PRIMEIRA E TERCEIRA BAÍAS DO BRASIL, MAIOR EXTENSÃO LITORÂNEA, TUDO REPRESENTANDO O TERCEIRO MERCADO
NÁUTICO DE EMBARCAÇÕES DE RECREIO DO PAÍS.
MESMO POSSUIDOR DESSAS VANTAGENS,
NÃO TEMOS ESTALEIROS ORGANIZADOS COM ECONOMIA DE ESCALA PARA ATENDER NOSSAS
DEMANDAS NÁUTICAS, O QUE CONSTITUI MAIS UMA SANGRIA PARA ECONOMIA BAIANA.
QUANDO ADQUIRIMOS EMBARCAÇÕES E EQUIPAMENTOS NÁUTICOS EM OUTRAS UNIDADES DA
FEDERAÇÃO, TRANSFERIMOS RENDAS, EMPREGOS E IMPOSTOS PARA ESTES LOCAIS.
A AÇÃO A SER VIABILIZADA NESTE
CONTEXTO PELA SECRETARIA DO PLANEJAMENTO DO ESTADO SERIA A ELABORAÇÃO DE UM
PLANO ESTRATÉGICO E A SECRETARIA DA FAZENDA ATRAVÉS DE INSTRUMENTOS
FINANCEIROS, IMPLEMENTARIA POLÍTICA FISCAL E LOCACIONAL PARA EXECUÇÃO DESSE
PROJETO. CONVOCANDO OS EMPRESÁRIOS DA ÁREA NÁUTICA DE LAZER DE OUTRAS REGIÕES,
ALÉM DOS PRODUTORES DE ROCHAS ORNAMENTAIS, PRODUTORES DE CAFÉ E OUTRAS
ATIVIDADES, OFERTANDO AOS MESMOS ESSES BENEFÍCIOS PARA REALIZAREM SEUS
INVESTIMENTOS EM NOSSO TERRITÓRIO, CONDICIONANDO O EMBARQUE DESSES PRODUTOS EM
PORTOS BAIANOS.
UM FATO À PARTE E EMBLEMÁTICO É A
POSIÇÃO QUE A BAHIA ASSUME COMO SEGUNDO PRODUTOR NACIONAL DE ALGODÃO, MAIS UMA
VEZ O ESTADO NÃO IMPRIMI AÇÕES EFETIVAS NO SENTIDO QUE A RIQUEZA AQUI GERADA,
REVERTA EM BENEFÍCIO DA ECONOMIA BAIANA. QUASE TODA EXPORTAÇÃO DESTE PRODUTO É
REALIZADA PELO PORTO DE SANTOS QUE FICA A MAIS DE 900 KM DAS REGIÕES
PRODUTORAS, EM RELAÇÃO AO PORTO DE SALVADOR. ASSOCIADA A ESTA REALIDADE, HÁ OS
CONSTANTES CONGESTIONAMENTOS DO PORTO PAULISTA, O QUE ELEVA O FRETE COBRADO,
POIS SÃO INCORPORADAS AS TAXAS DE "DEMURRAGE"- SOBREESTADIA. ENQUANTO
ISTO O PORTO DE SALVADOR GANHOU MAIS UM BERÇO DE ATRACAÇÃO, UMA VANTAGEM PARA
ATRAIR ESSA CARGA. SÃO SITUAÇÕES INADMISSÍVEIS DIANTE DAQUELES QUE TEM O DEVER
GOVERNAMENTAL DE DESENVOLVER O FUTURO ECONÔMICO DA BAHIA.
A INERCIA DA FIEB – FEDERAÇÃO DAS
INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA, COMO
ÓRGÃO REPRESENTATIVO DE CLASSE, PERANTE ESSE PROCESSO DE
DESINDUSTRIALIZAÇÃO QUE GRAVITA SOBRE NOSSO PARQUE PRODUTIVO, É NOTÓRIO. CABE TAMBÉM A FIEB
REALIZAR ESTUDO SOBRE AS VOCAÇÕES PRODUTIVAS DE CADA REGIÃO DO ESTADO E
CONSTRUIR PONTES PARA EFETIVAÇÃO DOS RESULTADOS COM AS RESPECTIVAS ESFERAS
GOVERNAMENTAIS.
AQUISIÇÃO DA RLAM PELO FUNDO
MUBADALA INVESTMENT COMPANY DE ABU DHABI DOS EMIRADOS ÁRABES PROPORCIONARÁ A
AMPLIAÇÃO, MODERNIZAÇÃO E DESGARGALAMENTO DAS PLANTAS DESSA UNIDADE INDUSTRIAL,
ALÉM DESSE GRUPO SER CONTROLADOR DA DETEN SITUADA NO COMPLEXO INDUSTRIAL DE
CAMAÇARI, CUJA RLAM É FORNECEDORA DE
INSUMOS, VERTICALIZANDO A ATUAÇÃO DO MUBADALA NO AMBIENTE ECONÔMICO DO
ESTADO. A VENDA DOS ATIVOS DA BRASKEM NA
BAHIA TAMBÉM ESTÁ NA TELA DO RADAR DO GRUPO.
NEM TUDO ESTÁ PERDIDO, AÇÕES IMPORTANTES
NO CENÁRIO LOGÍSTICO PORTUÁRIO DA BAHIA, COMO CITADOS ANTERIORMENTE, EM 2020,
TEMOS A AMPLIAÇÃO DO TECON SALVADOR, EM MAIS UM BERÇO PARA NAVIOS PORTA
CONTÊINERES DE ÚLTIMA GERAÇÃO E AUTORIZAÇÃO CONCEDIDA AO ESTALEIRO ENSEADA DO
PARAGUAÇU PARA OPERAR COMO TUP - TERMINAL DE USO PRIVADO, COM EMBARQUES
INICIAIS DE MINÉRIOS DE FERRO.
https://www.enseada.com/2021/06/10/5a-operacao-da-brazil-iron-limited-no-tup-enseada/
JOSEMAR SOUZA SANTOS - CORECON 2065
SALVADOR, EM 10 DE AGOSTO DE 2021
ECONOMISTA, PELA UCSAL
PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU,
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ORGANIZACIONAL PÚBLICA, REALIZADO NO PERÍODO DE ABRIL
A DEZEMBRO DE 2000, UNEB - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - MONOGRAFIA -
ESTRUTURA PORTUÁRIA DO ESTADO DA BAHIA, UM RELATO OPERACIONAL.
"PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU,
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO EM ÓRGÃO DE INFRA ESTRUTURA DE TRANSPORTES, INÍCIO
EM 24/03/2007 E TÉRMINO EM 07/05/2008,
UFBA -UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - MONOGRAFIA -ATIVIDADE NÁUTICA DE LAZER NA
BAÍA DE TODOS OS SANTOS: UM CAMINHO PARA O DESENVOLVIMENTO.
PUBLICADO NO SITE BAHIA NOTICIAS EM 10/09/2021:
https://www.bahianoticias.com.br/artigo/1388-economia-baiana-um-processo-de-decadencia-nexo-de-causa-e-efeito.html